Publicidade

Vai ter folia?

Eduardo Paes cancela o carnaval de rua do Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes



O Rio de Janeiro não terá o seu conhecido carnaval de rua no final de fevereiro e no início de março deste ano, como estava previsto no calendário. O motivo, claro, é a pandemia de Covid-19 e o aumento dos casos nas últimas semanas.

A decisão foi tomada hoje, em reunião entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a produtora cultural Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação organizadora dos blocos de rua do Rio.

"A gente comunicou a eles (responsáveis pelos blocos) que o carnaval de rua nos moldes que a sempre fez até 2020 não acontecerá em 2022. Infelizmente, falo como prefeito e como cidadão que gosta de carnaval, mas não podemos fazer", disse Paes, em live ao lado de Soranz e de Daniela Maia, presidente da Riotur.

O prefeito, porém, garantiu, por ora, a realização dos desfiles das escolas de samba na Sapucaí. A intenção da prefeitura é de controlar o acesso de componentes e do público que irá acompanhar a festa.

Carnaval 2022:  Covid-19, risco de aglomeração e obras fazem Liesa adiar ensaios técnicos na Sapucaí 

Este será o segundo ano consecutivo em que o Rio de Janeiro não terá a sua maior festa. Em 2021, foram cancelados tanto o carnaval de rua quanto os desfiles das escolas de samba na Sapucaí. 

Blocos estavam pessimistas

Para Rita Fernandes, as apresentações do secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, feitas durante a reunião, sustentaram a decisão pelo cancelamento: "A questão sanitária sempre norteou a posição dos blocos sobre ter ou não carnaval", garante.

O sentimento era de desânimo entre os responsáveis pelos blocos da cidade mesmo antes da reunião com Paes. As últimas notícias sobre a variante Ômicron e o aumento dos casos já indicavam a possibilidade de cancelamento.

Cobranças de patrocinadora

Ontem, como saiu aqui na coluna, a Ambev notificou a Prefeitura do Rio sobre a necessidade de uma decisão a respeito da realização ou não do carnaval de rua na cidade. Como se sabe, a cervejaria é patrocinadora da festa popular.

Leia também: Casos diários de Covid -19 no Rio saltam de 21 para mais de 450 em duas semanas

"Somos apaixonados pelo carnaval, mas o cenário ainda exige muita cautela. A saúde das pessoas deve vir sempre em primeiro lugar. Diante do surgimento da nova variante de Covid-19 ao redor do mundo, contatamos as prefeituras parceiras e outros grandes realizadores do carnaval para termos clareza sobre o calendário da festividade. Continuamos seguindo e endossando as recomendações médicas e sanitárias e das autoridades locais para uma celebração segura e responsável".

Saiba: Casos de 'flurona', coinfecção por coronavírus e influenza, já são comuns no Brasil, afirma especialista

Veja a posição de blocos famosos da cidade:

Kiko Horta, do Cordão do Boitatá, lembra que as pessoas estão ansiosas para pular no carnaval de Rua. "Mas se a ciência não recomenda vamos cancelar. O importante é saúde das pessoas", reforça.

Covid-19Testes positivos para a doença aumentaram de 5% para 30% em unidades da rede particular no Rio

Henrique Brandão, do Simpatia é Quase Amor, reforça que, diante dos dados científicos, o bloco irá acatar a decisão: "O Simpatia sempre defendeu a ciência. Estamos do lado da saúde das pessoas antes de qualquer coisa", disse Brandão. Para o Simpatia, aliás, o respeito pela ciência é algo fundamental. O primeiro homenageado, quando for possível, será Aldir Blanc, uma das vítimas da Covid-19.

Leia também