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Por Jornal Nacional


Desmatamento na Amazônia Legal — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

A Instituto Imazon anunciou nesta segunda-feira (17) que área de Floresta Amazônica desmatada em 2021 foi a maior dos últimos 14 anos.

A organização não governamental Imazon começou a usar informações de satélite para medir o desmatamento da floresta em 2008. O gráfico aponta que de 2018 para cá, o desmatamento só cresceu, até fechar 2021 com uma alta de 29% em relação a 2020. Em apenas um ano, foram perdidos 10.362 km² de floresta nativa, uma área equivalente à metade do território de Sergipe.

“A gente tem observado alguns fatores, que inclui a redução na fiscalização, principalmente pelo Ibama, que vem desde 2019. Tem também a aplicação de sanções administrativas pelo Ibama, que vem reduzindo. Isso cria um efeito de impunidade”, afirma Carlos Souza Júnior, pesquisador o Imazon.

Quase metade do desmatamento ocorreu em florestas federais, a destruição também avançou em unidades de conservação estaduais e federais. Essas áreas tinham sido criadas para a preservar a biodiversidade e de modos de vida de comunidades locais.

“Existe pressão já no Congresso para a redução de áreas protegidas e, também, existe uma pressão para garimpo, para atividade madeireira nesses territórios que não são permitidas por lei”, explica o pesquisador.

Desmatamento na Amazônia — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Dos nove estados da Amazônia Legal, só o Amapá reduziu a destruição da floresta em 2021. O Amazonas, em termos percentuais, foi o estado em que o desmatamento mais subiu de um ano para o outro: 48%. Mas o Pará continua sendo o lugar onde mais se destrói a floresta, quase: 40% da área perdida em 2021, estava lá.

Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará afirmou que o estado reduziu o desmatamento em 7 dos 12 meses de 2021 nas áreas sob responsabilidade estadual.

O Ministério do Meio Ambiente disse que as ações integradas entre órgãos federais estão reduzindo os crimes ambientais; e que, desde agosto de 2021, os alertas de desmatamento na região amazônica caíram mais de 15% - quando comparados a igual período de 2020, segundo acompanhamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O governo do Amazonas declarou que apenas 5% dos alertas de desmatamento ocorreram em terras estaduais e que trabalha para melhorar a fiscalização e aumentar as alternativas econômicas na região.

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