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Servidores pedem até 28% de reajuste e gritam fora Bolsonaro e Guedes

O ministro Paulo Guedes (Economia) já chamou o reajuste para todas as categorias do funcionalismo de “Brumadinho da economia”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
greve de servidores do bc
1 de 1 greve de servidores do bc - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Servidores federais pedem reajuste de até 28% em manifestações, nesta terça-feira (18/1), em Brasília. Reunidos em frente ao Banco Central para chamar atenção do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, os funcionários públicos reivindicam o fim do congelamento salarial, que já chega a cinco anos. Eles também gritam palavras de ordem, como “fora Bolsonaro” e “fora Guedes”. 

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Em cima do trio elétrico, os servidores usam o microfone para criticar a recusa do governo em negociar. O ministro Paulo Guedes (Economia) já chamou o reajuste para todas as categorias do funcionalismo de “Brumadinho da economia”, dizendo que, se a reposição for concedida, “levará o país para a lama”.

Dentre os manifestantes, estão analistas do Banco Central, que possuem salário inicial de R$ 19,1 mil, e servidores da Receita Federal, cujos salários básicos variam entre R$ 21 mil e R$ 27,3 mil. Há também, no entanto, professores públicos federais engrossando a luta, os quais têm um salário médio de R$ 3,8 mil.

A paralisação precede uma possível greve geral prevista para ocorrer em fevereiro. Por enquanto, a manifestação é apenas um alerta e não afeta os principais serviços oferecidos pelo BC, como o Pix, por exemplo.

“A nossa previsão é que 50% dos servidores não estejam trabalhando. Como é só uma advertência, os serviços essenciais estão mantidos, como distribuição de dinheiro, manutenção dos sistemas que o sistema financeiro usa, inclusive o Pix”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad.

Durante seu discurso, Faiad ainda frisou que, “não havendo negociação com o governo até a segunda quinzena de janeiro, a paralisação é certa para fevereiro”.

Ele cobra um reajuste de 26,3%, porcentagem que representa a soma das inflações do governo Bolsonaro e das estimativas deste ano. Os servidores da autoridade monetária também pedem a reestruturação das carreiras.

A revolta do funcionalismo público começou após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento de 2022, que cortou verbas da Receita Federal e reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial exclusivo a policiais federais, em pleno ano eleitoral. O aumento para a categoria partiu de uma demanda do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).

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