Representantes de Estados Unidos e Rússia trocam acusações no Conselho de Segurança da ONU
Representantes dos Estados Unidos e da Rússia trocaram acusações na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Ucrânia.
A Rússia tentou impedir que o encontro fosse a portas abertas, afirmando que a histeria americana e a “diplomacia do megafone” não ajudariam a reduzir as tensões na fronteira com a Ucrânia. Mas, apoiada apenas pela China, foi derrotada pelos votos de dez países, inclusive do Brasil, que decidiram manter a discussão pública.
O embaixador russo disse que o plano do Ocidente é enfraquecer a Rússia e acirrar a tensão na região. Vassily Nebenzya acusou os Estados Unidos de hipocrisia por serem o país com maior presença militar pelo mundo.
Na última vez em que falou sobre o assunto, em dezembro de 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, questionou: “Seria pedir demais não colocar mais nenhum sistema de ataque perto da Rússia? Como os americanos reagiriam se colocássemos nossos mísseis no Canadá ou no México?”.
Ronaldo Costa Filho, embaixador brasileiro, afirmou que o papel do Conselho de Segurança é prevenir guerras, e que ações militares e sanções unilaterais devem ser evitadas.
“Espaço para a diplomacia sempre tem. A gente sempre tem que ter a esperança de que o diálogo e a conversa superarão este tipo de entreve”, afirma Ronaldo Costa Filho.
O presidente Joe Biden disse que vai continuar a insistir na diplomacia, mas afirmou que os Estados Unidos estão preparados, não importa o que acontecer.
Na terça-feira (1º), o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, vai conversar por telefone com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguey Lavrov. É mais um esforço para evitar uma guerra que teria consequências desastrosas para todo o mundo todo.
O governo dos Estados Unidos informou na noite desta segunda-feira (31) que recebeu uma resposta por escrito da Rússia sobre as propostas que apresentou para solucionar a crise da Ucrânia.