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Por Jornal Nacional


Representantes de Estados Unidos e Rússia trocam acusações no Conselho de Segurança da ONU

Representantes de Estados Unidos e Rússia trocam acusações no Conselho de Segurança da ONU

Representantes dos Estados Unidos e da Rússia trocaram acusações na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Ucrânia.

A Rússia tentou impedir que o encontro fosse a portas abertas, afirmando que a histeria americana e a “diplomacia do megafone” não ajudariam a reduzir as tensões na fronteira com a Ucrânia. Mas, apoiada apenas pela China, foi derrotada pelos votos de dez países, inclusive do Brasil, que decidiram manter a discussão pública.

A embaixadora americana na Organização das Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a segurança de toda a Europa está ameaçada e que, se a Ucrânia for invadida, ninguém poderá dizer que foi surpreendido. Mas reforçou que ainda dá tempo de evitar o conflito.

"Buscamos o caminho da paz, do diálogo. Não queremos o confronto. Mas seremos decisivos, rápidos e unidos se a Rússia invadir a Ucrânia", disse.

O embaixador russo disse que o plano do Ocidente é enfraquecer a Rússia e acirrar a tensão na região. Vassily Nebenzya acusou os Estados Unidos de hipocrisia por serem o país com maior presença militar pelo mundo.

Na última vez em que falou sobre o assunto, em dezembro de 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, questionou: “Seria pedir demais não colocar mais nenhum sistema de ataque perto da Rússia? Como os americanos reagiriam se colocássemos nossos mísseis no Canadá ou no México?”.

O embaixador ucraniano, Sergiy Kyslytsya, acusou a Rússia de cruzar a fronteira de forma ilegal rotineiramente. E alertou: “A Ucrânia está pronta para se defender”.

Ronaldo Costa Filho, embaixador brasileiro, afirmou que o papel do Conselho de Segurança é prevenir guerras, e que ações militares e sanções unilaterais devem ser evitadas.

“Espaço para a diplomacia sempre tem. A gente sempre tem que ter a esperança de que o diálogo e a conversa superarão este tipo de entreve”, afirma Ronaldo Costa Filho.

O presidente Joe Biden disse que vai continuar a insistir na diplomacia, mas afirmou que os Estados Unidos estão preparados, não importa o que acontecer.

Na terça-feira (1º), o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, vai conversar por telefone com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguey Lavrov. É mais um esforço para evitar uma guerra que teria consequências desastrosas para todo o mundo todo.

O governo dos Estados Unidos informou na noite desta segunda-feira (31) que recebeu uma resposta por escrito da Rússia sobre as propostas que apresentou para solucionar a crise da Ucrânia.

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