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eleições 2022

A noite em que as orelhas de João Doria arderam

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)

Arderam as orelhas de João Doria ontem à noite por causa de uma reunião realizada a 850 km de distância de São Paulo.

Em Brasília, na casa do ex-ministro e ex-deputado Pimenta da Veiga, se realizou um jantar que juntou o grupo do PSDB que apostou em Eduardo Leite nas prévias do partido, uma turma que une de Tasso Jereissati a Aécio Neves, passando por José Aníbal — todos insatisfeitos com o desempenho de Doria nas pesquisas.

Em resumo, são aqueles que avaliam que Doria não tem mostrado ser um candidato viável para a disputa da Presidência da República e que nunca se conformaram com a derrota de Leite nas prévias. A propósito, Leite foi ao jantar.

Uma das ideias discutidas no jantar foi que seja pedida ao comando do partido a convocação de uma reunião ampliada do Diretório Nacional para a primeira semana de março. O objetivo será o de discutir o cenário político e para que Doria apresente sua estratégia de crescimento nas pesquisas.

Os mais pessimistas chegaram a falar que, se a candidatura Doria não se mostrar viável poderá não ser homologada na convenção do PSDB, que ocorrerá em julho.

Na noite de ontem houve ainda cobranças para que Doria melhore seu desempenho inicialmente ao menos em São Paulo até sua saída do governo, em 31 de março. Um participante do jantar afirma:

— Se no governo, com a máquina e com a propaganda está difícil, sem isso pode piorar.

No jantar, avaliaram que Doria hoje está isolado e a consequência disso são as dificuldades enfrentadas pelo partido na formação das alianças estaduais e na formação das próprias chapas para a Câmara e assembleias legislativas. Diz um tucano que estava no jantar:

— O que a gente teme é uma debandada de vários tucanos que não querem estar no mesmo palanque que o Doria.

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