O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante entrevista coletiva na Casa Branca, em 19 de janeiro — Foto: Reuters/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os cidadãos norte-americanos que estão na Ucrânia devem sair daquele país. Durante entrevista à emissora NBC nesta quinta-feira (10), ele disse que “as coisas podem enlouquecer rapidamente”.
O Departamento de Estado dos EUA também emitiu um comunicado, alertando seus cidadãos que estejam na Ucrânia de que deveriam deixar o país neste momento.
Segundo o comunicado, as autoridades “não poderão evacuar cidadãos americanos em caso de ação militar russa em qualquer lugar da Ucrânia” e o serviço consular regular – incluindo a ajuda aos cidadãos que tentam deixar o país – seria “severamente impactado”.
"Os cidadãos americanos devem sair agora", disse o presidente.
“Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação muito diferente e as coisas podem enlouquecer rapidamente”, acrescentou Biden, em entrevista ao jornalista Lester Holt.
Biden afirmou, porém, que o presidente russo, Vladimir Putin, não colocaria em risco cidadãos dos EUA. Segundo ele, se Putin for "tolo o suficiente para entrar [na Ucrânia], ele é inteligente o suficiente para, de fato, não fazer nada que possa impactar negativamente os cidadãos americanos".
A preocupação do presidente dos EUA ecoa um comentário feito mais cedo, também nesta quinta, pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que disse que "estamos em um dos momentos mais perigosos da crise" entre Rússia e Ucrânia.
"Esse é, provavelmente, o momento mais perigoso. Eu gostaria de dizer que temos que acertar agora. Esta é uma das maiores crises de segurança que a Europa já enfrentou em décadas", disse o premiê britânico.
Mais soldados
Na quarta-feira, os EUA disseram que a Rússia continua reforçando seu contingente militar na região da fronteira com a Ucrânia.
Ele não citou números precisos, mas deu indicações que há cerca de 100 mil soldados presentes na região no momento.
O governo americano acusa os russos de estarem se preparando invadir a Ucrânia, apesar de os funcionários americanos acreditarem que Putin ainda não tomou uma decisão sobre se passará ou não à ofensiva.
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