Por G1


Bolsonaro é retirado às pressas por seguranças após ataque em Juiz de Fora — Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

O candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, levou uma facada na região do tórax durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na tarde desta quinta-feira (6), segundo informações da PM. Um suspeito foi preso.

Atentado repercute em Brasília

Atentado repercute em Brasília

Veja a repercussão do caso:

General Mourão, vice de Bolsonaro

"Esse é um momento que temos que agir com calma, temos que baixar as tensões. É entendermos que isso é um processo político, nada mais que isso, não é uma guerra civil. Mantermos esse equilíbrio. Nossa história já passou por situações similares e nós conseguimos ultrapassar dentro daquele ambiente de cordialidade que sempre procura se nortear as relações dentro do nosso país. Então, minha visão, minha palavra é calma para todo mundo. Vamos deixar que a polícia investigue o caso".

Michel Temer, presidente da República

"Isto revela algo que nós devemos nos conscientizar, porque é intolerável exatamente a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. É intolerável que as pessoas falseiem dados durante campanha eleitoral. É intolerável que, nós vivemos num estado democrático de direito que não haja possibilidade de uma campanha tranquila."

Cármen Lúcia, presidente do STF

Segundo a assessoria da ministra Cármen Lúcia, ela manifestou "enorme preocupação com a garantia das liberdades dos candidatos e dos eleitores, qualquer que seja a posição ou ideologia adotada por quem quer que seja e ainda que sejam contrárias, como expressão de um processo eleitoral democrático, devendo ser renegada qualquer forma de violência ou de desrespeito aos direitos, pelo que há que se apurar com celeridade, segurança e com apresentação de resultados o que efetivamente se passou, o responsável e qual medida jurídica a ser imediatamente adotada."

Rosa Weber, presidente do TSE

"O Tribunal Superior Eleitoral repudia toda e qualquer manifestação de violência, seja contra eleitores, seja candidatos ou em virtude do pleito. As eleições são uma manifestação de cidadania por meio da qual o povo expressa sua vontade. Inaceitável que atitudes extremadas maculem conquista tão importante quanto é a Democracia."

Carlos Marun, ministro-chefe da Secretaria de Governo

“Estamos vivendo um momento de propagação do ódio. Praticamente todos os setores envolvidos propagam ódio, ódio e ódio. E esse ódio acaba empunhando facas e trazendo questões como essa. [...] O Brasil tem uma tradição de eleições pacificas e democráticas e essa tradição tem que ser respeitada. [...] O que a gente pede nesse momento em que essa tentativa de assassinato entristece a todos nós é calma e, repito, o respeito à tradição pacífica e ordeira das nossas eleições e da nossa democracia."

Antonio Anastasia, senador pelo PSDB e candidato ao governo de MG

"O atentado ocorrido há pouco contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro é condenável e inaceitável. Independentemente de qual posição defende, nós não podemos aceitar, jamais, sob nenhum pretexto ou desculpa, uma situação dessa, com o risco de, do contrário, colocarmos em xeque a própria democracia, conquistada por muitos brasileiros a duras penas. Fica, dessa forma, não só a minha solidariedade, mas minha cobrança enfática de uma apuração cuidadosa e pormenorizada para identificação do criminoso e sua célere punição, na forma da Lei."

Antônio Almas, prefeito de Juiz de Fora (MG)

"Atos como esse contrastam com a história democrática da cidade e com a tradição sempre acolhedora e respeitosa da nossa população."

Cida de Jesus, presidente do PT-MG

"O Partido dos Trabalhadores preza pelo diálogo, tolerância e paz. Por isso, venho a público repudiar qualquer forma de violência. É preciso que todos os fatos com relação ao atentando desta tarde sejam apurados com rapidez e isonomia. Informo que o suspeito não é filiado ao PT."

Dilma Rousseff, ex-presidente e candidata ao Senado

"Eu acho lamentável. Agora, acho que incentivar o ódio cria esse tipo de atitude. Você não pode falar que vai matar ninguém. Não pode falar isso. Principalmente um candidato à Presidência. Agora, quem fez isso tem de pagar. Quem fez isso não pode ficar impune. Por que não pode ficar impune? Porque tem de servir de exemplo para ninguém fazer isso com nenhum candidato. Isso não pode acontecer num país democrático que se respeita, que quer ser civilizado. Não pode admitir que se esfaqueie qualquer candidato à Presidência da República. Não interessa quem seja. Não se admite isso. E nós não podemos flexibilizar certas coisas. Porque se a gente começa a flexibilizar, nós vamos ter consequências danosas. Não é só pros candidatos, mas pras crianças, pros jovens, pros homens e mulheres desse país."

Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT

"Acho lamentável. Não podemos incentivar o ódio. Quem fez isso não pode ficar impune. Isso não pode acontecer em um país democrático."

Márcio França, governador de SP e candidato à reeleição

"Condeno a violência praticada contra o candidato Jair Bolsonaro, um atentado contra a democracia, um sistema político baseado no debate de ideias pelas palavras e pelo voto, jamais pelas armas ou pela intolerância."

Rodrigo Garcia, líder do DEM na Câmara

"Entristecido com o que aconteceu hoje com o presidenciável Jair Bolsonaro. O Brasil enfrenta uma crise gravíssima e o momento é de diálogo. A violência, venha ela de onde vier, não pode e não vai prevalecer. Reforço que a melhor forma de manifestar a cidadania e as opiniões é o voto, é a manifestação nas urnas. Nada pode superar o voto, as conversas e a força da democracia."

PSOL, Executiva Nacional

"A agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral. Nosso partido tem denunciado a escalada de violência e intolerância que contaminou o ambiente político nos últimos anos. Por isso, não podemos nos calar diante deste fato grave. Repudiamos esse ataque contra o candidato do PSL e esperamos das autoridades as medidas cabíveis contra seu autor."

Romeu Zema, candidato ao governo de MG pelo Novo

"Inaceitável a violência contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro, que aconteceu hoje em Juiz de Fora. A política tem que ser um instrumento para o diálogo. Divergências de ideias não justificam atitudes desse tipo. Essa não é a forma de conduta que nós mineiros desejamos para nosso país. Somos um povo honesto e trabalhador. O Novo solidariza com Jair Bolsonaro e sua família, e deseja seu rápido reestabelecimento. Que a justiça atue de forma rápida e exemplar sobre este episódio. Somente com respeito e esperança poderemos construir novos caminhos."

Claudio Lamachia, presidente da OAB

"A Ordem dos Advogados do Brasil manifesta repúdio ao ato de violência praticado contra o candidato Jair Bolsonaro. A democracia não comporta esse tipo de situação. A realização das eleições em ambiente saudável depende da serenidade das instituições e militantes políticos. O processo eleitoral não pode ser usado para enfraquecer a democracia. Neste momento, cabe a reflexão a respeito do momento marcado por extremismos, por discursos de ódio e apologia à violência. Tudo isso apenas estimula mais violência, numa situação que prejudica a todos. A OAB acompanha atenta o desdobramento desse fato. É preciso que todas as forças políticas possam participar do pleito e que os eleitores tenham assegurado o direito à livre escolha."

Human Rights Watch

"A Human Rights Watch condena veementemente o ataque criminoso sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro. Diferenças políticas ou ideológicas devem ser resolvidas por meio de diálogo e nunca da violência. As autoridades brasileiras devem realizar uma investigação imediata, imparcial e completa sobre o ataque contra Bolsonaro, e garantir que o responsável ou os responsáveis respondam perante a lei."

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT

“É inadmissível o ataque sofrido por Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL. A democracia se faz com ideias e não com violência. Toda a sociedade brasileira foi atingida.”

Jair Bolsonaro, do PSL, é esfaqueado em ato de campanha

Jair Bolsonaro, do PSL, é esfaqueado em ato de campanha

Escritório de Direitos Humanos da ONU para a América do Sul

"O Escritório para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou nesta sexta-feira (7) o ataque contra o deputado federal e candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, ocorrido durante um ato de campanha no dia 6 de setembro em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, no Brasil.

'Confiamos nas autoridades brasileiras para uma pronta investigação e punição dos responsáveis', comentou a representante regional para América do Sul do ACNUDH, Birgit Gerstenberg, expressando a solidariedade de seu Escritório com o candidato.

O ACNUDH também observou o crescimento das tensões nas últimas eleições em países da América Latina e manifestou preocupação com os casos de ameaças contra candidatos concorrendo a cargos nos poderes executivo e legislativo no Brasil.

Para Birgit Gerstenberg, 'o processo eleitoral precisa garantir o direito à participação nos assuntos públicos, incluindo o direito à vida e à integridade física, bem como às liberdades de expressão, reunião e associação'.

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