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    Eleições 2022

    Ciro Gomes diz à CNN que retoma candidatura: “mais fortalecido do que nunca”

    Na semana passada, após seu partido apoiar a PEC dos Precatórios, o ex-ministro chegou a anunciar a suspensão da pré-candidatura à Presidência da República

    João de Marida CNN

    Em São Paulo

    O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou à CNN nesta quarta-feira (10) que irá retomar a candidatura à Presidência da República na eleição de 2022. Na semana passada, após seu partido apoiar PEC dos Precatórios em votação no primeiro-turno, Ciro chegou a anunciar a suspensão da pré-candidatura.

    “Eu não desisti da minha pré-candidatura. Eu suspendi como ato de luta, porque não posso dar um passo forte na direção de combater o inimigo se meus companheiros não entendem a gravidade da nossa missão. Felizmente eles todos deram um generoso gesto, e eu estou mais fortalecido do que nunca”, disse.

    A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (9), em segundo turno, o texto-base da PEC dos Precatórios com 323 votos a favor e 172 contra. O PDT, no entanto, orientou voto contrário à proposta neste turno — diferente da primeira votação, quando indicou aos deputados que votassem “sim” a favor da PEC.

    Por este motivo, ex-ministro agradeceu a bancada do Partido Democrático Trabalhista e o presidente do partido Carlos Lupi, que já havia sinalizado à CNN que Ciro não deixaria a sigla, e que a orientação do voto dos deputados poderia mudar.

    “Daqui só saio pela mão generosa do povo brasileiro”, afirmou Ciro à CNN.

    Nem Lula, nem Bolsonaro

    Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48% das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022, contra 21% do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    Neste cenário, Ciro aparece em quarto lugar, com 6%, atrás do também ex-ministro Sergio Moro — que se filiou ao Podemos nesta quarta —, com 8%.

    À CNN, no entanto, Ciro afirmou que uma possível candidatura de Moro “não atrapalha ninguém”. Ao ser questionado, o pré-candidato do PDT avaliou que “pesquisa no Brasil é um retrato de um momento”.

    “A vida não é retrato, é filme. Se você olhar há quatro, cinco meses quem estava nos primeiros lugares era [Luciano] Huck. O [Sergio] Moro entra, e saí [do cenário]. Nós precisamos ter muita paciência e entender, pedir a Deus que ilumine nossa palavra, porque o Brasil esta vivendo a pior crise do ponto de vista social e econômico”, disse.

    Além disso, Ciro avaliou que “a crise pelo qual o Brasil está passando não nasceu com Bolsonaro”, mas sim no governo do ex-presidente Lula.

    “Bolsonaro esta agravando profundamente. Essa crise nasceu pela mistura explosiva de corrupção generalizada com a maior crise econômica da história brasileira produzida pelo Lula e pelo PT. Bolsonaro é um produto disso, um produto equivocado, mas fruto do ódio e frustração do nosso povo”, afirmou.

    “A solução para a tragédia do presente não é a volta ao passado. Qual solução: paciência, humildade, fé na inteligência do povo, deixar o tempo amadurecer as coisas. Vou me dedicar a isso com toda experiência”.