Arthur Vieira de Resende e Silva com Colaboração de Astolpho Vieira de Rezende
Entrelinhas são veredas deixadas por um autor para que o leitor se introduza na sua obra e até contribua a seu modo, percorrendo caminhos ainda não navegados. Por elas, em navegação de estreita via e curto fôlego, ele poderá descobrir novos elos com o texto e ir além do que a escrita literária pode parecer à primeira vista. Jorge Luis Borges, um escritor cego, – em seu paradoxo de espelhos, tigres, labirintos e metáforas – via na participação do leitor algo importante como a escritura. Por tudo isso, não me alongo em justificativas e explicações. Que o leitor vá logo a essas ‘entrelinhas’ que, se pouco podem oferecer, pelo menos apontam para uma possível rota na leitura de grandes autores.