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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Núcleo da campanha de Lula não deve ter economistas

Gleisi Hoffmann vai coordenar grupo que terá deputados e ex-ministros do PT

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 nov 2021, 16h26

O ex-presidente Lula da Silva define nas próximas semanas o primeiro núcleo da sua campanha para tentar voltar ao poder. A coordenação ficará com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Participarão ainda os ex-ministros Franklin Martins e Luiz Dulci, os deputados federais José Guimarães e Rui Falcão e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. O grupo já atual informalmente em nome do ex-presidente em contatos com outros partidos e na formação de agendas.

A principal ausência do núcleo é de economistas, um sinal do ex-presidente de que não pretende ter um representante que se coloque como futuro ministro da Fazenda de um eventual novo governo do PT. Como comparou um ex-ministro a par da formação da coordenação, “Lula não pretende ter um Posto Ipiranga, mas vários postos BR” (que significa não indicar um único porta-voz que seja o seu fiador, como foi Paulo Guedes para Jair Bolsonaro, mas falar com economistas de várias tendências).

Entre os economistas “postos BR” que Lula tem ouvindo estão o ex-ministro Nelson Barbosa, o professor da Unicamp, Guilherme Mello, o presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro Aloizio Mercadante e o ex-prefeito Fernando Haddad.

O núcleo da campanha terá membros convidados para discussão de temas específicos. Os ex-ministros Alexandre Padilha, Tereza Campelo e Celso Amorim serão ouvidos, respectivamente, sobre saúde, políticas sociais e relações exteriores. Como as alianças partidárias só serão confirmadas a partir de maio, o grupo será formado por petistas.

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Lula retorna a São Paulo nesta semana depois do exitoso giro pela Europa e deve se reunir com membros do núcleo para avaliar novas agendas. Em função do recesso de fim de ano, a possibilidade de uma caravana pelo interior de São Paulo deve ser adiada, mas as férias de verão devem ser usadas para um novo tour internacional. Antes do carnaval, Lula deve ir aos Estados Unidos para encontro com empresários e recepções no Senado e na Câmara, mas provavelmente não na Casa Branca. É possível que no retorno dos EUA, Lula passe por Buenos Aires.

O lançamento formal da candidatura Lula deve ocorrer entre fevereiro e março, junto com a divulgação de uma proposta de programa de governo. O texto base da proposta serão as 200 páginas do documento da Fundação Perseu Abramo batizado de Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, lançado em setembro de 2020. Há um consenso entre os petistas que o texto precisa ser atualizado com reforço nas políticas públicas contra a miséria, mais estrutura para a saúde e combate ao desmatamento.

Além do núcleo dirigido por Gleisi Hoffmann, a campanha de Lula deve ter outros dois grupos: uma coordenação do PT, composta pelas várias correntes internas, e uma última com os dirigentes dos partidos aliados, provavelmente o PCdoB, PSB e PSOL.

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