Por g1 — Brasília


Prévia do PSDB: partido discute retomada da votação depois de falha em aplicativo

Prévia do PSDB: partido discute retomada da votação depois de falha em aplicativo

O PSDB divulgou uma nota nesta segunda-feira (22) na qual diz buscar a "correção da falha" no aplicativo de votação para dar continuidade às prévias do partido.

Iniciada neste domingo (21), as prévias do PSDB para escolher o candidato à Presidência da República foram interrompidas porque parte dos filiados não conseguiu votar pelo aplicativo.

"Todas as nossas energias estão concentradas para você que ainda não votou escolha quem será seu candidato à presidência da República. Contem com o nosso total e absoluto empenho para concluirmos a votação o mais rápido possível", escreveu o PSDB na nota, assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo.

Ao todo, 44.700 pessoas se cadastraram para votar nas prévias do PSDB. O partido previa que 700 mandatários votassem presencialmente, em urnas instaladas em um centro de convenções em Brasília, e que o restante recorresse ao aplicativo.

No entanto, os usuários reclamaram de falhas na plataforma. Entre os problemas identificados, foram relatados erros no momento em que tentavam fazer o reconhecimento facial.

O aplicativo de votação foi desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A plataforma exige dupla verificação para a validação do votante, com identificação facial e validação por código enviado por SMS para o celular do filiado.

PSDB suspende prévias após aplicativo de votação falhar

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Reunião

Na tarde desta segunda, se reuniram representantes das equipes dos três pré-candidatos: o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o governador de São Paulo, João Doria.

O objetivo da reunião era discutir a continuidade das prévias e as soluções a serem tomadas com relação ao aplicativo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, compareceu à reunião na qual também estavam o presidente do partido, Bruno Araújo. e técnicos responsáveis pela elaboração do aplicativo. Os outros pré-candidatos mandaram representantes.

Leite afirmou que foi à reunião para demostrar que "quer resolver".

"Nós não queremos adiamento [da votação], é mentira. Não é verdade que nós queiramos adiar esse processo para o ano que vem como estão insistindo em tentar fazer crer os nossos adversários nesse processo. Pelo contrário, eles [adversários] é que querem adiamento aí até o próximo fim de semana", disse.

Ainda segundo Leite, a legitimidade do processo "começa a se esvair, começa a ter algum tipo de questionamento", uma vez que parte dos filiados votou neste domingo, mas a grande maioria não.

"Já se deu abertura a um processo de votação que não foi concluído. Parte das pessoas — eu nem tenho a informação oficial de quantas — votou naquele domingo, sob determinadas condições, com um conjunto de informações, com os contatos que tinham sido feitos e tudo mais", disse.

"Outras pessoas votariam daqui a uma semana, seja lá quanto tempo que for, com outro conjunto de informações. Porque ligações começam a ser feitas para os que não votaram por parte das candidaturas, entrevistas começam a ser dadas, acusações começam a ser feitas, ou seja, muda completamente o cenário", declarou.

O senador Tasso Jereissati (CE) acompanhou Leite na reunião. Questionado sobre o adiamento da votação por problemas técnicos, o tucano respondeu que vê a situação "com enorme preocupação e decepção", mas elogiou o trabalho do presidente da sigla.

"Mas infelizmente aconteceu o que aconteceu. Agora, eu concordo com o governador Eduardo de que a retomada [da votação] tem que ser imediata."

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