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    Reino Unido exige que Meta venda Giphy para evitar “monopólio de GIFs”

    Em agosto, regulador disse que o controle do Facebook sobre Giphy poderia permitir-lhe cortar o acesso de outros sites de mídia social aos GIFs

    Logotipo da Meta, novo nome corporativo do Facebook.
    Logotipo da Meta, novo nome corporativo do Facebook. FILEDIMAGE

    Mark Thompsondo CNN Business

    A Meta foi condenada a desfazer sua recente aquisição da Giphy por reguladores preocupados com o impacto do negócio sobre os concorrentes.

    A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido disse nesta terça-feira (30) que o controle da Meta sobre o popular mecanismo de busca de GIFs – vídeos e animações curtos em looping – reduziria a competição entre as plataformas de mídia social e já havia removido um rival em potencial no mercado publicitário.

    O Facebook (FB), como era conhecido o Meta, comprou a Giphy, supostamente por US$ 400 milhões, em 2020. A intenção era integrar o serviço ao Instagram, tornando mais fácil a busca por GIFs relevantes para suas histórias e mensagens diretas.

    Em seu anúncio inicial do acordo, o Facebook prometeu conceder a terceiros o mesmo nível de acesso ao conteúdo da Giphy de antes. Menos de um mês após o anúncio da aquisição, no entanto, a CMA disse que estava investigando o assunto.

    “Depois de consultar empresas e organizações interessadas – e avaliar soluções alternativas apresentadas pelo Facebook – o CMA concluiu que suas preocupações com a concorrência só podem ser resolvidas com a venda da Giphy por completo a um comprador aprovado”, disse o CMA em nota.

    A empresa de tecnologia disse na terça-feira que discorda da CMA e está considerando “todas as opções, incluindo apelação à Justiça”.

    “Tanto os consumidores quanto a Giphy estão em melhor situação com o suporte de nossa infraestrutura, talento e recursos”, disse um porta-voz da Meta.

    “Juntos, Meta e Giphy aprimorariam o produto Giphy para milhões de pessoas, empresas, desenvolvedores e parceiros de API no Reino Unido e ao redor do mundo que usam a Giphy todos os dias, oferecendo mais opções para todos.”

    Em suas descobertas iniciais publicadas em agosto, o regulador disse que o controle do Facebook sobre Giphy poderia permitir-lhe cortar o acesso de outros sites de mídia social aos GIFs.

    Os serviços da Giphy atualmente se integram com plataformas como Twitter (TWTR), Snapchat, iMessage da Apple (AAPL) e Slack (WORK).

    Embora longe de ser o maior negócio que a Meta já fez, a aquisição da Giphy é o primeiro negócio de alto perfil da empresa a ser desfeito por funcionários do governo.

    A descoberta é um golpe para as aspirações da Meta em meio ao intenso escrutínio antitruste por governos em todo o mundo, e uma potencial bandeira vermelha para outras empresas de Big Tech que buscam aquisições neste ambiente regulatório.

    O CMA disse em agosto que a Giphy estava planejando expandir seu crescente negócio de publicidade para o Reino Unido antes de ser comprada, um movimento que poderia ter dado às marcas britânicas uma nova maneira de se promoverem e criarem um desafio direto para o Facebook no mercado de publicidade.

    “No entanto, o Facebook encerrou as parcerias de publicidade paga da Giphy após o acordo, o que significa que uma importante fonte de concorrência potencial foi perdida”, disse o CMA em um post de blog.

    (Rob North, Brian Fung e Kaya Yurieff contribuíram para este artigo).

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original, em inglês)