Blog da Andréia Sadi

Por Andréia Sadi

Apresentadora do Estúdio I, na GloboNews, comentarista de política da CBN e escrevo sobre os bastidores da política no g1


Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, em evento em novembro deste ano — Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro quer transferir o Coaf do Banco Central para o Ministério da Justiça.

Segundo o blog apurou, Bolsonaro já consultou aliados nesta semana e está avaliando a melhor forma de fazer a mudança: se por medida provisória ou por projeto de lei.

Bolsonaro quer mandar uma MP ao Congresso, mas tem sido aconselhado a mandar um projeto de lei.

O Coaf é uma unidade de inteligência financeira do governo federal que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro.

O Coaf, que antes do governo Bolsonaro era subordinado ao Ministério da Economia, foi transferido para o Ministério da Justiça como uma das condições de Sergio Moro para aceitar integrar o governo Bolsonaro.

Em 2019, Bolsonaro decidiu tirar da Justiça, abrindo uma crise com Moro, esvaziando sua atuação no governo e passou o órgão para o Ministério da Economia.

Depois, o órgão foi para o Banco Central e, agora, quer levar o Coaf ao Ministério da Justiça, comandado pelo aliado de Bolsonaro Anderson Torres.

Nos bastidores, Bolsonaro argumenta que o Coaf “persegue seus familiares e aliados”.

Foi o Coaf, por exemplo, que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que havia atuado como motorista e assessor de Flávio Bolsonaro à época em que o parlamentar do PSL era deputado estadual.

Desde 2019, Flavio tem buscado anular as investigações do órgão- conseguiu decisões favoráveis no STJ e também no STF, ontem- além de o Coaf ter sido o motivo de uma das primeiras crises entre Bolsonaro e Sergio Moro, quando o ex-juiz era ministro da Justiça.

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