BRASÍLIA E RIO — A tentativa de viabilizar candidaturas ao Planalto contra o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) levou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) a firmarem um pacto de não agressão pelos próximos meses — o acordo foi celebrado em encontro na quarta-feira, em São Paulo . Embora estejam com diálogo aberto, a meta de unificar a terceira via em torno de um nome competitivo nas eleições do ano que vem enfrenta dois obstáculos: ambos, neste momento, não abrem mão de encabeçar a chapa presidencial, e Ciro Gomes (PDT), outro pré-candidato, vem subindo o tom das críticas a Doria e Moro.
Entrevista: ‘Não será só a pontuação da pesquisa que definirá candidato da terceira via’, diz Doria
O governador e o ex-magistrado combinaram uma nova conversa para a segunda quinzena de janeiro. Os dois acreditam que o cenário estará mais claro entre março e abril, período em que decisões serão tomadas por outros partidos,como o PSD, que abriga o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG); o União Brasil, do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta; o MDB,da senadora Simone Tebet (MS); e o Cidadania, do senador Alessandro Vieira (SE). As quatro siglas já sinalizaram que podem lançar nomes ao Planalto, o que dificulta ainda mais a formação de uma terceira via.
Entenda, em reportagem exclusiva para assinantes, as diferentes estratégias e movimentações adotadas pelos candidatos de terceira via para as eleições de 2022.