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PF ouviu cúpula da Anvisa em inquérito sobre ameaças de morte

Diretores da Anvisa foram ameaçados para que rejeitassem vacinação infantil; agência deve autorizar Pfizer para crianças nesta quinta-feira

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Fachada do prédio sede da Anvisa
1 de 1 Fachada do prédio sede da Anvisa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A Polícia Federal colheu depoimentos do presidente e dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na investigação sobre as ameaças de morte contra a cúpula da agência. As ameaças cobravam que a Anvisa não aprovasse a vacinação da Covid em crianças. Nesta quinta-feira (16/12), a agência deve fazer o oposto: anunciar que o imunizante da Pfizer pode ser aplicado em crianças de cinco a onze anos.

O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi à sede da PF em Brasília em 11 de novembro. Os diretores prestaram depoimentos por videoconferência. O inquérito foi aberto pela PF no início do mês passado, quando a diretoria da Anvisa recebeu pelo menos três ameaças de morte por e-mail.

As mensagens foram enviadas logo depois de a Pfizer ter divulgado que pediria o aval da Anvisa para estender a imunização para crianças de cinco a onze anos, como fez nos Estados Unidos. A formalização do pedido da farmacêutica aconteceu no dia 6, quando as mensagens já estavam sob análise da PF.

Em entrevista à coluna, o presidente da Anvisa reagiu às ameaças e cobrou punição para os autores das intimidações: “É muito difícil lidar com isso. Se não for corrigido duramente agora, a gente abre um precedente muito grave de banalizar esse tipo de episódio. Daqui a pouco o Estado democrático de direito deixa de existir”.

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