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iFood diz que vai reforçar transparência a entregadores e avaliar reajuste anual

Empresa se reuniu com mais de 20 entregadores em fórum promovido em São Paulo

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São Paulo

O iFood assinou uma carta conjunta com entregadores do aplicativo afirmando que vai reforçar as medidas de transparência sobre bloqueios e suspensões de trabalhadores na plataforma e que avalia implantar um reajuste anual.

O comprometimento veio após um fórum realizado com mais de 20 entregadores da categoria, que se reuniram em São Paulo nesta semana. Participaram entregadores da modalidade nuvem (inscritos individualmente no aplicativo) e operadores logísticos, que atendem empresas terceirizadas cadastradas no iFood.

Na carta, o app afirma que dará mais mais transparência sobre o motivo de alertas e suspensões temporárias e que realizará uma campanha informativa sobre causas de bloqueios na plataforma até janeiro de 2022.

Entregadores se reuniram com a empresa nesta semana para debater melhores condições; carta de compromisso tem prazos para início do próximo ano
Entregadores se reuniram com a empresa nesta semana para debater melhores condições; carta de compromisso tem prazos para início do próximo ano - Karime Xavier/Folhapress

Comprometeu-se também a dar mais transparência sobre motivos da desativação de contas e abrir a possibilidade para que entregadores contestem novamente as desativações, considerando as que ocorreram nos últimos seis meses.

"Casos de contestação de desativações serão revisados por pessoas, exceto em situações de fraude financeira, uso de conta por terceiros e fraude de cadastro, que configuram desativação permanente de acordo com os termos e condições", disse a empresa.

As suspensões temporárias da plataforma são motivo recorrente de reclamação dos trabalhadores, que também dizem que não conseguem se comunicar facilmente com o aplicativo.

Além de outras medidas relacionadas a processos de migração do modo de operação logística para nuvem, a empresa disse que avalia a possibilidade de implantar um reajuste anual. Até março do próximo ano deverá se posicionar sobre o tema.

"Estive lá, o presidente compareceu. No decorrer dos dias, foi possível ver que eles querem trazer o entregador de volta. Estou dando meu voto de confiança e o grupo que foi também. Tem a carta de compromisso, se não cumprirem, é greve. Dessa vez, acredito", afirmou Ralf Elisário, entregador do Rio de Janeiro dono de um canal sobre pautas da categoria no YouTube, com mais de 21 mil inscritos.

No médio prazo, o iFood também deve debater a revisão da tarifa mínima para a entrega. Em 2022, serão realizados fóruns regionais com entregadores ativos na plataforma.

Foi a primeira vez que o iFood se reuniu com entregadores de diversos estados para debater condições de entrega. Durante a pandemia, a categoria realizou protestos exigindo fim de bloqueios nos aplicativos, melhores taxas e outras demandas.

Os entregadores passaram a trabalhar mais e em condições adversas diante das restrições sociais impostas pela crise sanitária.

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