Saúde Medicina

CoronaVac para crianças: Anvisa recebe contribuições de sociedades médicas para ampliar a faixa etária para 3 anos

Ação em conjunto com especialistas busca dar robustez à análise da vacina para o público mirim
Dose da CoronaVac é aplicada em Brasília Foto: Evaristo Sá/AFP
Dose da CoronaVac é aplicada em Brasília Foto: Evaristo Sá/AFP

BRASÍLIA — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu parecer com contribuições de especialistas para subsidiar a ampliação do uso da vacina CoronaVac para crianças a partir de 3 anos. O documento é assinado pelas sociedades brasileiras de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Infectologia (SBI).

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A Sociedades Brasileira de Imunologia (SBI) já havia enviado o documento na última sexta-feira. Agora, falta receber os posicionamentos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Integrantes da Anvisa disseram ao GLOBO que esse diálogo junto às sociedades médicas é uma estratégia para dar maior robustez ao resultado final da avaliação do imunizante para crianças. Essa ação em conjunto segue os moldes do que foi desenhado ao longo da análise das doses pediátricas da Pfizer, liberadas para a faixa etária de 5 a 11 anos.

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Segundo interlocutores, a avaliação de dados e de estudos está em fase avançada, mas há pendências técnicas. Por isso, não há previsão para deliberação do uso da CoronaVac — permitida para crianças a partir de 6 anos — para o grupo. A Anvisa também aguarda informações sobre o monitoramento da vacinação infantil no Brasil.

“A Agência segue com as discussões sobre os dados apresentados. Um dos pontos de atenção é a demonstração de dados sobre a duração da proteção e quantidade de doses necessárias que precisariam ser utilizadas para esta faixa etária. Esses dados são fundamentais para que se conclua sobre a proteção adequada às crianças”, informou a Anvisa, em nota.