Uma reunião a portas fechadas no Palácio dos Bandeirantes, há cerca de dez dias, é apontada por aliados de João Doria como “decisiva” para que ele desistisse de disputar a Presidência.
A conversa foi entre o entre o tucano, o ex-presidente da Câmara e secretário do governo paulista, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. Também estava presente o irmão de Doria, Raul, que ouviu mais do que falou.
Na reunião, Maia e Garcia pontuaram todas as dificuldades que Doria teria pela frente se continuasse insistindo na sua candidatura. Além de apontarem que sua eleição atrapalharia o pleito de Garcia, que concorre ao governo de São Paulo, deixaram claro que ele ficaria sem recursos do partido para a campanha, como informou o colunista Lauro Jardim. Disseram ainda que foi o próprio Doria quem estabeleceu que o critério para ser o candidato da terceira via seriam as pesquisas, e lembraram que ele foi alertado de que isso pesava contra ele, pois sua rejeição já estava consolidada.
Naquela ocasião, o tucano disse que iria até o fim. Aliados notaram, porém, que a partir daquele momento Doria passou a assumir uma postura diferente, dando sinais de que poderia desistir. Ontem ele falou novamente com Garcia, que reforçou os argumentos apresentados na semana anterior.