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Zelensky diz que, sem cessar-fogo imediato, guerra terá “larga escala”

O presidente afirma ter recebido alertas da inteligência ucraniana de que haverá novos ataques russos em breve

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Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, presidente da Ucrânia. Ele usa terno e gravata escuros, camiseta clara e olha seriamente para frente- Metrópoles
1 de 1 Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, presidente da Ucrânia. Ele usa terno e gravata escuros, camiseta clara e olha seriamente para frente- Metrópoles - Foto: NurPhoto /Guetty Images

Com o país sendo alvo de ataques cada vez mais violentas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exigiu um cessar-fogo para abrir uma nova rodada de negociações com a Rússia. Segundo ele, se os bombardeios continuarem no mesmo ritmo, a guerra ganhará “larga escala”.

No início da noite desta terça-feira (1º/3), em pronunciamento gravado, Zelensky pediu mais colaboração militar internacional e fez alertas sobre quanto tempo a Ucrânia consegue resistir. “Pode ser que uma hora a gente não consiga mais ficar em pé contra a Rússia”, admitiu.

Apesar da ponderação, ele pediu que os militares mantenham o esforço. “Estamos defendendo o que é nosso. Não temos escolha. Não temos opção. Eles são mais fortes, mais poderosos, mas temos que nos defender”, frisou.

Zelensky condicionou uma nova rodada de negociação a um cessar-fogo imediato. “Os bombardeios precisam parar. Precisamos de um cessar-fogo completo para sentar à mesa”, declarou.

O presidente ainda fez alertas de novos ataques. “Recebemos informações da nossa inteligência, mas temos que, de fato, ver o que eles estão fazendo. Já fiz pedidos para o mundo nos ajudar”, disse.

No início da tarde desta terça-feira, o Exército russo bombardeou uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana.

A investida é uma tentativa de impedir a circulação de informações sobre o conflito e retardar a reação militar da Ucrânia. Canais de TV saíram do ar.

O Ministério do Interior ucraniano informou que equipes foram enviadas ao local, que fica próximo a uma área habitada, para averiguar os danos. Pelo menos cinco pessoas morreram, mas ainda não se sabe quantos ficaram feridos.

Assista aos vídeos do momento do ataque:

Antes desta investida, o exército russo alertou que fará ataques a órgãos de serviço de segurança em Kiev. Trata-se de mais uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de tomar o controle do poder.

Um comboio de centenas de tanques está indo em direção a Kiev. Juntos, os veículos de guerra se estendem por 64 quilômetros. Na segunda-feira (28/2), a fila era de 27 quilômetros. Os blindados estão a 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.

Nesta terça-feira (1º/3), duas agências de notícias russas, Tass e RIA, afirmaram que o país vai atacar Kiev de forma mais incisiva. Na madrugada, um prédio do governo foi alvejado em Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana.

O objetivo, segundo o governo, é evitar “ataques de informação”. As mesmas agências comunicaram que os militares russos pediram para os civis ucranianos deixarem locais próximos dos serviços de segurança e das unidades de operações especiais.

Veja imagens do prédio do governo destruído em Kharkiv:

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Ucrânia vive o sexta dia de ataques. Kiev e Kharkiv estão sob fortes bombardeios – civis foram alvejados.

Tropas russas e forças separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia conseguiram se unir na estratégica zona litorânea do Mar de Azov, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Forças do território separatista de Donetsk “se somaram às unidades militares das Forças Armadas da Federação Russa, que assumiram o controle das zonas ucranianas ao longo do Mar de Azov”, informou um comunicado russo.

 

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais em que o país foi atacado

 

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