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Bolsonaro: “Dois ou três não decidirão como serão contados os votos”

Presidente discursou em evento no Rio Grande do Norte e lançou dúvidas, novamente, sobre a apuração dos votos nas eleições deste ano

atualizado

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Clauber Cleber Caetano/PR
O presidente Jair Bolsonaro durante agenda no Nordeste
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro durante agenda no Nordeste - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lançar dúvidas sobre as eleições nesta quarta-feira (30/3), durante discurso em cerimônia de inauguração de uma estação de trem em Parnamirim (RN).

Sem citar nomes, o mandatário disse: “Pode ter certeza de que, por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”.

Desde 2021, Bolsonaro entra em embates com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Luís Roberto Barroso (ex-presidente da Corte), Edson Fachin (atual presidente) e Alexandre de Moraes (que irá presidir o tribunal no pleito de outubro).

O chefe do Executivo passou meses lançando dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação, sem apresentar provas. Em agosto, a Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao presidente ao rejeitar a PEC do Voto Impresso.

Depois do episódio, Bolsonaro ainda voltou a disparar artilharia contra o TSE nos atos antidemocráticos de 7 de Setembro. Dias depois, baixou o tom e adotou postura mais contida. Agora, às vésperas das eleições, o presidente volta a lançar críticas.

Na semana passada, o titular do Palácio do Planalto disse esperar que as eleições de 2022 ocorram sem “nenhuma surpresa” por parte do TSE.

No evento desta quarta, Bolsonaro pontuou ainda que há “pouquíssimas pessoas” que podem muito em Brasília. “Creiam vocês que pouquíssimas pessoas podem muito em Brasília, mas nenhuma delas pode tudo, porque acima delas tá a vontade de vocês. Nós, militares, juramos dar a nossa vida pela pátria. Nós agora também daremos a nossa vida pela liberdade.”

O mandatário do país também afirmou que o Brasil foi governado por “pessoas que querem o poder pelo poder” e frisou que resgatou uma das medidas de seu governo: a ampliação das hipóteses para concessão de armas de fogo.

“Chega de ser governado por pessoas que não acreditam no seu povo, por pessoas que querem o poder pelo poder. Pode ter certeza: os exemplos eu bem tenho demonstrado. Temos um dos presidentes mais democratas da história do Brasil. Um presidente que, inclusive, deu o direito ao seu povo a ter a posse de uma arma de fogo. Chega de só bandido estar armado e defendido por governos. Quem tem que estar armado são os homens e mulheres de segurança pública e homens e mulheres do povo de bem do nosso Brasil. Povo armado jamais será escravizado.”

Agenda de Bolsonaro

Bolsonaro cumpre agenda nesta quarta no Nordeste. Pela manhã, o presidente participou de cerimônia de inauguração de uma estação de trem no Rio Grande do Norte, acompanhado dos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Fábio Faria (Comunicações), João Roma (Cidadania) e Ciro Nogueira (Casa Civil).

Marinho e Roma devem se desincompatibilizar dos respectivos cargos nesta quinta-feira (31/3), para disputar as eleições. O titular do Desenvolvimento Regional pretende concorrer a uma cadeira no Senado pelo PL; já Roma vai tentar o governo da Bahia, também pelo PL. Esta deve ser a última agenda de entregas de ambos.

À tarde, a comitiva presidencial estará no Piauí, na cidade Baixa Grande do Ribeiro, para cerimônia alusiva ao 5G no Agro e a entregas do governo federal. A equipe regressa a Brasília no fim da tarde.

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