Por g1 — Brasília


General Walter Souza Braga Netto, exonerado do Ministério da Defesa e que é cotado para ser candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Marcos Corrêa/PR

Cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, o general Walter Souza Braga Netto foi exonerado nesta quinta-feira (31) do cargo de ministro da Defesa.

A exoneração foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União", que já incluiu a nomeação do atual comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, como novo ministro da Defesa. Nogueira de Oliveira foi substituído pelo general Freire Gomes no comando do Exército.

A edição extra inclui, ainda, a nomeação de Braga Netto como assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro.

A legislação eleitoral determina a saída dos ministros que vão disputar as eleições. O nome técnico é "desincompatibilização", e a medida deve acontecer até seis meses antes do pleito. O primeiro turno deste ano está marcado para 2 de outubro.

A lei eleitoral também prevê que servidores efetivos e comissionados precisam deixar os cargos para disputar as eleições. No entanto, o prazo neste caso é de três meses.

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Perfil de vice

Em uma entrevista, o presidente revelou que o vice será mineiro, nascido em Belo Horizonte e formado em colégio militar. Todas as características, informou o Blog da Ana Flor, batem com Braga Netto. O nome do ministro já vinha aparecendo, no meio político, como favorito para compor a chapa com o presidente.

Ao blog, aliados de Bolsonaro disseram que o presidente quer é um candidato a vice que seja "fiel" a ele e que não tenha "aspirações políticas". O presidente, disseram esses aliados, vê em Braga Netto essas virtudes.

O atual vice-presidente Hamilton Mourão concorrerá ao Senado, pelo estado do Rio Grande do Sul.

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Evento de Bolsonaro com ministros

Mais cedo, nesta quinta, o "Diário Oficial" já havia publicado nove trocas de ministros que vão disputar as eleições.

Houve, ainda, uma cerimônia no Palácio do Planalto para despedida dos ministros e nomeação dos substitutos.

Na cerimônia, Bolsonaro defendeu ditadores do regime militar e ignorou as torturas e mortes no período. O golpe militar aconteceu em 31 de março de 1964.

Podcast

Ouça o episódio do podcast O Assunto sobre "Militares e urnas: que confusão é essa?":

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