Por G1 — São Paulo


A escritora Lygia Fagundes Telles — Foto: Divulgação/UBE

Escritores, professores e políticos lamentaram a morte de Lygia Fagundes Telles neste domingo (3). A escritora, que era integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde a década de 80, faleceu em casa, em São Paulo, de causas naturais.

Conhecida como a 'dama da literatura brasileira', Lygia recebeu vários prêmios importantes ao longo da carreira, como Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). As obras da escritora já foram traduzidas para o alemão, inglês, espanhol, francês, italiano, polonês, sueco, tcheco e português de Portugal.

"Quando a morte olhar nos meus olhos e disser 'vamos', eu digo 'estou pronta, fiz o que eu pude'", frase de Lygia em 1996, no Roda Viva.

Lygia Fagundes Telles, uma mulher à frente de seu tempo

Lygia Fagundes Telles, uma mulher à frente de seu tempo

Veja, abaixo, a repercussão da morte:

A ABL disse que Lygia "já era uma lenda em vida". José Renato Nalini, em nome da Academia, escreveu:

"A mais notável personalidade da literatura brasileira, patriota e democrata, já era lenda em vida. Permanecerá no Panteão das glórias universais e, para orgulho nosso, era mais academicamente bandeirante. Não faltava aos nossos encontros semanais no Arouche. A gigantesca e exuberante obra continuará a ser revisitada, enquanto houver leitor no mundo", escreveu José Renato Nalini.

Merval Pereira, presidente da ABL — Foto: Reprodução/GloboNews

Para o presidente da ABL, Merval Pereira, a escritora foi uma figura exponencial, fundamental não só para a literatura. "A morte da Lygia faz que a academia perca uma figura exponencial, ela foi fundamental não só para a literatura, ela foi uma grande líder feminista, ela relatava a sua vida moderna, e fazia isso colocando as mulheres em uma posição de destaque. Então, além de grande escritora, ela era uma grande figura humana. [...] A literatura brasileira perde uma grande mulher”, disse Merval em entrevista à Globonews neste domingo (3).

Também em entrevista à Globonews, Cícero Sandroni, membro da ABL, escritor e jornalista, disse que Lygia "foi uma grande lutadora contra a censura aos livros".

"Perdemos uma das maiores referências da nossa literatura. [...] Seu legado viverá para sempre", escreveu Daniel Munduruku, escritor e professor.

Nota de pesar do escritor Daniel Munduruku — Foto: Reprodução/redes sociais

O Instituto Moreira Salles se manifestou falando sobre o legado que a escritora deixa. "Uma das maiores escritoras do Brasil e voz contundente contra a censura".

Nota de pesar do IMS sobre a morte de Lygia Fagundes Telles — Foto: Reprodução/Redes sociais

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), decretou luto oficial de três dias pela morte da escritora.

Rodrigo Garcia decreta luto oficial por três dias pela morte de Lygia Fagundes Telles — Foto: Reprodução/Redes sociais

Nas redes sociais, João Doria Jr, pré-candidato à presidência também lamentou a morte de Lygia. "Uma das mais brilhantes escritoras do país".

Post de Doria sobre a escritora Lygia — Foto: Reprodução/redes sociais

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