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    Eduardo Paes não recebeu pedido para autorizar mudança de local de parada militar

    Jair Bolsonaro afirmou que desfile de 7 de Setembro será em Copacabana e não no Centro

    Antonio Cruz/Agência Brasil

    Fernando Molica

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse à CNN que ainda não recebeu qualquer pedido do governo federal para autorizar que a Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, seja palco do próximo desfile militar de 7 de Setembro. A parada tradicionalmente ocorre na Avenida Presidente Vargas, no Centro. A mudança foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro.

    Paes frisou que a prefeitura banca a estrutura do evento – como instalação de arquibancadas e de banheiros – e que as licitações relacionadas à realização do próximo desfile já devem estar sendo tocadas pela Secretaria de Governo. O prefeito, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula, afirmou que irá analisar um eventual pedido de Bolsonaro.

    Aos domingos e feriados, uma das pistas da Avenida Atlântica é fechada ao tráfego para que seja usada como área de lazer. Esta utilização seria comprometida com a realização da parada.

    Diferentemente do Centro do Rio – área pouco habitada, onde vivem cerca de 45 mil moradores -, Copacabana é o bairro com maior população da Zona Sul, tem torno de 150 mil habitantes.

    Palco, nos últimos anos, de manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) e favoráveis a Bolsonaro, Copacabana faz limites com outros bairros populosos, como Botafogo, Leme e Ipanema.

    Copacabana foi cenário de momentos históricos da vida brasileira. Foi pela Avenida Atlântica que, há cem anos, desfilaram os revoltosos do movimento que ficaria conhecido como os 18 do Forte, marco do tenentismo.

    A tomada, em 1o de abril de 1964, do Quartel General da Artilharia de Costa, ao lado do Forte de Copacabana, foi decisiva para a consolidação do golpe militar.