Eleições 2018 no Rio de Janeiro

Por G1 Rio


Wilson Witzel e Eduardo Paes — Foto: ROMMEL PINTO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO e ALESSANDRO BUZAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) vão disputar o segundo turno na corrida para ver quem será o governador do Rio de Janeiro pelos próximos quatro anos.

Com 100% dos votos apurados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Witzel teve 3.154.771 (41,28%) dos votos válidos e Paes, 1.494.831 votos (19,56%). Tarcísio Motta (PSOL) foi o terceiro colocado, com 819.248 (10,72%).

Votos brancos (5,70%) e nulos (12,72%) somaram 1.745.216 votos. Houve ainda 2.926.758 abstenções (23,60%). Somados brancos, nulos e abstenções, chega-se a 4.671.974 votos, pouco menos que os dois candidatos juntos (4.649.602).

De 1% nas pesquisas para 41% na votação

Witzel conseguiu uma vitória supreendente para quem começou as pesquisas, em agosto, com apenas 1% das intenções de voto.

Até sábado (6), as pesquisas indicavam que Romário, do Podemos, iria para o segundo turno. O Ibope indicava Paes com 32%, Romário, 20%, Indio e Witzel, 12%. Já o Datafolha indicava Paes com 27%; Romário e Witzel com 17%.

Rio terá 2º turno entre Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM)

Rio terá 2º turno entre Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM)

Declarações

Em entrevista coletiva após o resultado, Witzel citou o "alinhamento de ideias" ao falar sobre propostas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). "Tenho certeza que vamos consolidar essa vitória no fim do segundo turno", afirmou o candidato, que considera o resultado uma "resposta clara da população pela renovação".

Eduardo Paes também conversou com jornalistas. Questionado sobre o fato de Wilson Witzel ter obtido mais que o dobro de seus votos, Paes afirmou que deixa a análise para os analistas. "O eleitor se manifestou, eu respeito", disse o ex-prefeito do Rio.

Perfis

Wilson Witzel tem 50 anos. Nasceu em Jundiaí, São Paulo. É doutorando em ciência política, mestre em processo civil e professor universitário. Witzel é casado e pai de quatro filhos. Já foi fuzileiro naval, defensor público e também juiz federal por 17 anos.

Eduardo Paes é carioca e tem 48 anos. Foi vereador, deputado federal e prefeito do Rio por dois mandatos, de 2009 a 2017. Ao deixar a Prefeitura do Rio, foi consultor no BID e vice-presidente da América Latina da china BYD, fabricante de veículos elétricos. Candidatou-se ao governo pela segunda vez.

Witzel começou a corrida eleitoral com apenas 1% na primeira pesquisa Datafolha, de 22 de agosto. Já Eduardo Paes (DEM) começou liderando a campanha em empate técnico, com dois pontos percentuais de diferença (18% x 16%) para Romário — a margem de erro era de 3%.

Ao longo da campanha, Romário oscilou para baixo e, na briga pelo segundo lugar, chegou a registrar um empate técnico com Garotinho. O candidato do PRP, no entanto, teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-governador foi obrigado a interromper os atos de campanha.

Com a oscilação de Romário e o indeferimento de Garotinho, Witzel, Indio (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL) intensificaram a disputa pela terceira via. O candidato do PSC deu os sinais mais fortes de que poderia surpreender apenas no sábado (6), na pesquisa Datafolha que o apontou empatado com Romário em segundo lugar, com 17%, contra 27 de Paes.

Durante a campanha, Paes tentou descolar a imagem de figuras do MDB, partido pelo qual se elegeu prefeito duas vezes. Já Witzel deixava claro seu apoio ao candidato líder nas pesquisas para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Propostas

Durante a campanha, Witzel propôs acabar com a secretaria de Segurança e criar um gabinete integrado entre as polícias civil e militar e o governador. O ex-juiz federal criticou a intervenção federal por acreditar que as forças armadas devem patrulhar as fronteiras, não as cidades. Ele diz que, se eleito, vai autorizar a “abater” qualquer pessoa portando um fuzil.

Witzel também prometeu, em seu primeiro dia de governo, renegociar a dívida do estado, inclusive propondo o pagamento das dívidas em 100 anos.

Já Paes prometeu criar o Cegonha Fluminense, inspirado no Cegonha Carioca. Ele também afirmou que vai melhorar o atendimento do Rio Imagem, abrindo unidades no interior, e levar clínicas da família para todo o estado.

O ex-prefeito do Rio também defendeu a permanência das Forças Armadas no Rio, mas sob o comando do governador. De acordo com ele, a primeira medida será procurar o presidente da República para negociar a atuação do Exército.

Veja o que aconteceu neste domingo de eleições no Rio de Janeiro

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