Eleições 2018 no Rio Grande do Sul

Por G1 RS


Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) são eleitos senadores pelo Rio Grande do Sul — Foto: Montagem sobre fotos/Alexandra Martins/Agência Câmara e Geraldo Magela/Agência Senado

Os candidatos Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) foram eleitos neste domingo (7) senadores pelo Rio Grande do Sul. Com 100% dos votos apurados, o candidato do PP foi o primeiro colocado com 2.316.177 votos – 21,94% do total –, e o do PT aparece logo atrás com 1.875.245 votos – 17,76% do total. (Clique aqui e confira o resultado da apuração)

"Primeiro, vou trabalhar para eleger o Bolsonaro (presidente). Depois, vamos começar a estruturar. A dívida do estado é uma bandeira que vou levantar. Mas com uma negociação diferente da que temos. Ajuda a resolver os problemas do nosso estado", declarou ao G1 o senador mais votado.

"O diálogo tem que ser de um projeto de nação. Tem que olhar o projeto que nós defendemos e quais os outros setores defendem. Em cima disso, estabelecer o debate", comentou rapidamente Paulo Paim após entrevista coletiva ao lado do candidato derrotado do PT ao governo do estado, Miguel Rossetto.

Neste ano o eleitor escolheu dois candidatos ao Senado porque o mandato é de oito anos, mas as eleições ocorrem de quatro em quatro anos. Assim, a cada eleição, a Casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras. Neste ano, 54 vagas estavam em disputa no país.

Campanha

Nas pesquisas durante a campanha, Heinze em nenhum momento apareceu entre os dois candidatos preferidos dos entrevistados. Já Paim disputava a preferência ponto a ponto com José Fogaça (MDB). Porém, desde os primeiros dados divulgados na apuração das urnas, o concorrente do PP despontou em primeiro lugar e não caiu de posto.

Em entrevista ao Bom dia Rio Grande, Heinze defendeu o direito ao armamento pelos cidadãos. "Nós estamos trabalhando há algum tempo e já tem um projeto de lei pronto para ser votado na Câmara Federal que facilita novamente o acesso às armas para que as pessoas de bem, no interior ou aqui na Capital, possam ter, em qualquer parte das nossas fazendas, no campo, arma e também aqui na cidade."

E completou: "O que a gente quer é que as pessoas de bem, como era antigamente, vá na delegacia de polícia, apresente seus antecedentes para que possam ter a arma na propriedade rural ou ter arma dentro da cidade", disse.

Em entrevista ao Bom Dia Rio Grande, Paim defendeu a não adesão do Rio Grande do Sul no Regime de Recuperação Fiscal da União e apresentou uma alternativa, com um novo projeto. "Nós vamos assegurar que a dívida do Rio Grande do Sul fica paga e a União vai ter que devolver em torno de R$ 10 a 15 bilhões".

O senador, que vai para a quinta legislatura, ainda salientou o trabalho no Congresso em busca da restituição de valores da Lei Kandir. "A Lei Kandir nos tirou mais de R$ 50 bilhões. Prometeram recuperar e não recuperaram. Agora devolveu o que tiraram. Nós temos lá um relator no Senado que, se aprovado aquele projeto, pelo menos o Rio Grande do Sul recebe de imediato mais de R$ 4 bilhões".

Beto Albuquerque, do PSB, ficou na terceira colocação e Carmen Flores, do PSL, encerrou em quarto lugar. José Fogaça, do MDB, que liderava as pesquisas, levou a quinta posição.

> Confira a votação de todos os candidatos

  1. Luis Carlos Heinze (PP): 2.316.365 (21,94%)
  2. Paulo Paim (PT): 1.875.245 (17,76%)
  3. Beto Albuquerque (PSB): 1.713.792 (16,23%)
  4. Carmen Flores (PSL): 1.509.157 (14,30%)
  5. José Fogaça (MDB): 1.465.700 (13,88%)
  6. Abigail Pereira (PCdoB): 970.286 (9,19%)
  7. Dra. Sandra Weber (Solidariedade): 263.411 (2,50%)
  8. Mario Bernd (PPS): 233.747 (2,21%)
  9. Ana Varela (PODE): 101.504 (0,96%)
  10. Romer Guex (PSOL): 49.023 (0,46%)
  11. Marli Schaule (PSTU): 26.242 (0,25%)
  12. Cleber Soares (PCB): 23.963 (0,23%)
  13. João Augusto (PSTU): 7.963 (0,08%)
  14. Machado (DC): 0
  15. Luiz Delvair (PCO): 0

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