Política Eleições 2018

Correção: Gabrielli não vai comandar área econômica da campanha de Haddad

Candidato do PT diz que vai comandar pessoalmente o assunto
O ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli nos corredores do Senado Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo/22-02-2016
O ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli nos corredores do Senado Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo/22-02-2016

BRASÍLIA — A partir do relato de uma fonte ligada à cúpula da campanha do candidato à Presidência, Fernando Haddad, O GLOBO publicou mais cedo que o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli seria o responsável por fazer o programa econômico da campanha do petista. Ele teria sido designado pelo partido para elencar as prioridades para a economia caso o petista vença Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições. A reportagem ouviu outras fontes da campanha que não desmentiram a notícia, apenas se recusaram a comentá-la.

A informação, no entanto, foi negada ao GLOBO pelo próprio candidato. Fernando Haddad informou que ele comandará pessoalmente a área econômica de sua campanha.— Sou eu pessoalmente quem vai comandar a área econômica do meu programa de governo. Eu estou cuidando disso — disse.

Nesta terça-feira, em um evento em São Paulo, Haddad afirmou que em seu governo "banqueiro não vai assumir o Ministério da Fazenda".

O GLOBO procurou Gabrielli para saber quais as propostas de Haddad para acelerar o crescimento da economia. Ele respondeu que não dará entrevistas durante a campanha. Jaques Wagner também foi contactado, mas não se manifestou.

José Sérgio Gabrielli presidiu a Petrobras por sete anos, de 2005 a 2012. Chegou a ter os bens bloqueados por causa do escândalo de corrupção na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mas a medida foi revertida pelo ministro Ricardo Lewandowski , do Supremo Tribunal Federal (STF), há quatro meses. Estava sem cargo públicos nos últimos anos.

Bolsonaro, rival de Haddad, fez o caminho oposto para cuidar da área econômica da campanha. Ao colocar o liberal Paulo Guedes encarregado do assunto, e conseguiu o apoio do mercado financeiro. A cada sinal de que o candidato do PSL pode vencer a corrida presidencial, o dólar cai e a bolsa sobe.