Criado em 1987 por José Maurício Machline, o Prêmio da Música Brasileira promete voltar renovado em abril de 2023, quando promove sua tradicional festa de entrega de troféus — a primeira após três anos. Ao entrar em sua edição de número 30, ele se torna um programa de fomento para os músicos, que terão a sua produção divulgada e incentivada pelo prêmio ao longo de todo o ano, com presença em canais digitais e redes sociais, desenvolvimento de parcerias institucionais, além do intercâmbio com outros artistas .
— O Prêmio da Música Brasileira volta com uma força diferente e muito mais adequada ao momento musical — analisa Machline, que recentemente se associou à empresária do ramo de alimentos Heloisa Guarita na produção do evento.
— A jornada do Prêmio, que começa aqui, pode agora ser contada em todas as mídias, com todas as possibilidades digitais. Ele passa a ser antes, durante e depois da noite da premiação — diz Heloisa Guarita. — Nosso desafio é olhar para todo mundo que está vindo para o Prêmio e para quem ficou no meio do caminho e que também faz parte dessa riqueza brasileira. Vamos trabalhar pela democratização de todo o conteúdo.
Com uma vasta produção em vídeo e áudio em diferentes plataformas até o dia da premiação, José Maurício Machline vê, inclusive, novas maneiras de viabilizar financeiramente o projeto.
— O Prêmio vai acontecer não só através de patrocinadores. É importante ter marcas nos acompanhando, mas estamos desenhando um projeto em que ele possa ter grupos de pessoas investindo nele, que ele vire um produto musical interessante comercialmente — diz. — E, com isso, você abre janelas para todos os tipos de artistas.
No caminho da inclusão, em sua última reunião o conselho consultivo do PMB (que reúne nomes como Gilberto Gil, João Bosco, Arnaldo Antunes, Djavan, Karol Conká e Ney Matogrosso) aprovou a entrada de um novo membro: Emicida.
— Ele é muito samba, muito rap, muito reggae, muito nordestino — definiu Gil.
Também foi decidido o fim das categorias de “cantor” e “cantora” em prol da de “intérprete”, que contempla os artistas não binários.
— É uma mudança para acompanhar o que está acontecendo no mundo — diz Karol Conká.