Com 100% das urnas apuradas o tucano obteve no total 808.210 votos, o que corresponde a 56,90% dos votos válidos, contra 43,10% do Capitão Contar (PRTB), que conseguiu 612.113 votos. A diferença foi de 196.097 votos, ou seja, 13,8%. Votos nulos foram 88.228, 5,70% e brancos foram 39.059, 2,52%.

Com o resultado da eleição, o PSDB mantém pela terceira gestão seguida o comando do estado. O vice-governador eleito é o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha, do PP.

Ao comentar sobre a vitória, Riedel disse que a expectativa agora é de muito trabalho, o sentimento é de muita responsabilidade. “Como eu falei durante toda a campanha, temos um projeto para Mato Grosso do Sul de desenvolvimento, distribuição de renda, inclusão e qualificação para as pessoas entrarem nas oportunidades oferecidas e política pública de qualidade. Esse é o caminho e para isso muito trabalho e responsabilidade”.

Ele também comentou sobre a campanha.

"Foi uma disputa acirrada, com muitos políticos de peso concorrendo e que agora no segundo turno teve o acirramento ainda maior. Chegamos ao nosso objetivo levando a nossa mensagem para a população do Mato Grosso do Sul. Agora é arregacar as mangas e trabalhar pelo Mato Grosso do Sul. Agora vamos nomear a equipe e dar continuidade ao trabalho. Ainda não temos nenhum nome confirmado".

Ex-secretário estadual e candidato do atual governo, Eduardo Riedel fez uma campanha propondo dar continuidade e ampliando os benefícios sociais da gestão de Reinaldo Azambuja, mas, se posicionando como uma novidade no cenário político, já que disputava a primeira eleição.

Para a disputa, o partido do candidato firmou um grande arco de alianças reunindo o Cidadania, Republicanos, PP, PSB, PDT e PL. Riedel conquistou nos dois turnos o apoio de 75 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul.

Entre as propostas que apresentou ainda no primeiro turno, estavam a continuidade e ampliação do programa de inclusão social do governo do estado, o Vale Renda que atualmente paga R$ 300 por benefício, e que ele assegurou que ampliaria para R$ 450.

Também firmou compromisso para dar continuidade do programa que subsidia o pagamento da conta de energia elétrica de 152 mil famílias em situação de vulnerabilidade.

Ainda na área social, Riedel propôs criar o programa tarifa social zero para o transporte, para garantir as pessoas em situação de vulnerabilidade a gratuidade no transporte público urbano nas principais cidades de Mato Grosso do Sul.

Confira as entrevistas de Eduardo Riedel durante a campanha:

• Eduardo Riedel, candidato ao governo de MS, é entrevistado na TV Morena
• Eduardo Riedel responde perguntas sobre violência contra mulher, fome, habitação e governabilidade
• Ridel quer regionalizar a Saúde, reduzir impostos e aponta qualificação como proposta para 'apagão' de mão de obra

Empresário do agro, ele foi questionado durante a campanha sobre as propostas para enfrentar o agravamento dos conflitos fundiários entre indígenas e produtores rurais, especialmente no sul do estado. Disse que planeja apaziguar a situação e apontou que os dois lados são vítimas de um processo mal conduzido no país ao longo de sua história.

Desde o início da campanha ele sempre figurou em todas as pesquisas eleitorais entre os três primeiros na disputa pelo governo do estado. Terminou o primeiro turno na segunda colocação, com 25,16% dos votos, o equivalente a 361.981 votos.

No segundo turno conquistou o apoio da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota) e do candidato Adonis Marcos, do PSOL.

Durante o segundo turno intensificou a campanha no interior do estado. Entre as propostas que apresentou nesta nova fase da eleição estava a de concluir a regionalização da saúde do estado. Apontou inclusive o valor do investimento necessário para a iniciativa, R$ 600 milhões, sendo R$ 400 milhões para infraestrutura e R$ 200 milhões para equipamentos.

O tucano defendeu que a redução da carga tributária deva ser pensada sempre com o objetivo de aumentar a competitividade dos setores para promover o desenvolvimento do estado.

Sobre geração de renda, o governador eleito, disse durante a campanha que a profissionalização será a solução para o "apagão" da mão de obra que Mato Grosso do Sul enfrenta. Ele frisou que vai trabalhar para qualificar mais pessoas, assim trazendo reflexo para a economia.

Ao longo dos dois turnos da campanha, Riedel sempre se mostrou como candidato, que apesar de não ter disputado nenhuma eleição, tinha grande experiência em gestão, em diversas entidades representativas do setor produtivo e no próprio governo do estado e amplo conhecimento das demandas e potencialidades de Mato Grosso do Sul.

Riedel tem 53 anos e é natural da cidade do Rio de Janeiro. É produtor rural e graduado em Ciências Biológicas com mestrado em Zootecnia e Gestão Empresarial e Gestão Estratégica.

Em 1995 Riedel assumiu a gestão da propriedade rural da família, em Maracaju. Com foco na gestão e na tecnologia, mudou o perfil produtivo da Fazenda Sapé – tornando-a referência em governança familiar, sustentabilidade e diversificação.

Foi presidente do Sindicato Rural de Maracaju, da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), do conselho deliberativo do Sebrae/MS e diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Riedel foi secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica por seis anos, entre o primeiro e o segundo mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Depois, ainda na mesma gestão, assumiu o cargo de secretário estadual de Infraestrutura, função em que permaneceu até maio deste ano quando renunciou para disputar o governo do estado.

O governador eleito é casado com Mônica Riedel e tem dois filhos: Marcela, de 24 anos e Rafael, de 22 anos.

• Eduardo Riedel (PSDB): 808.210 votos – 56,90%
• Capitão Contar (PRTB): 612.113 votos – 43,10%
• Nulos: 88.228 – 5,70%
• Brancos: 39.059 - 2,52%.