Edmar Camata — Foto: PRF/Divulgação
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) , recuou e desistiu nesta quarta-feira (21) do nome de Edmar Moreira Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Atual Secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Camata, de 41 anos, havia sido anunciado para o comando da PRF na terça (20). Dino voltou atrás da decisão pelo histórico de Camata como apoiador da Operação Lava Jato.
Nascido no Rio de Janeiro, Edmar é formado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Camata é sobrinho do ex-governador do Espírito Santo e ex-senador Gerson Camata, morto em 2018.
Na PRF, Camata ingressou como agente de polícia em 2006. Desde janeiro de 2019, quando assumiu a Secretaria de Controle e Transparência do Espírito Santo, Camata está licenciado da função na corporação.
Edmar Camata é agente da PRF desde 2006. — Foto: Reprodução
Após o anúncio de que seria nomeado, Camata se manifestou nas redes sociais e disse que iria para um novo desafio.
"Vamos para um novo desafio, sempre priorizando os valores da integridade, da transparencia e da ética.", publicou Edmar Camata.
Publicação de Camata no Twitter — Foto: Twitter
Primeiramente, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), também chegou a se manifestar sobre a indicação de Camata.
''Parabenizo o Secretário de Controle e Transparência, Edmar Camata, pela indicação ao cargo de Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal. Agradecemos seu trabalho desenvolvido no ES e desejamos muito sucesso em sua nova jornada.", compartilhou Casagrande.
Mas, nesta terça, Casagrande usou o Twitter para informar que Camata seguirá como secretário no Espírito Santo a partir do ano que vem.
Publicação de Casagrande — Foto: Reprodução/Twitter
Trajetória
Procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol ao lado de Edmar Camata — Foto: Reprodução/Facebook
De acordo com o perfil de Camata no site do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), do qual é vice-presidente, o futuro diretor-geral da PRF sempre se dedicou a assuntos de interesse social.
Entre 2006 e 2018, o Camata atuou na Transparência Capixaba, período que criou o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
Camata também participou também do Fórum de Entidades em Defesa da Bacia do Rio Doce e do movimento Unidos Contra a Corrupção, além de ter atuado ativamente na campanha "10 Medidas Contra a Corrupção".
Admirador da Operação Lava Jato, Camata chegou a fazer publicações nas redes sociais em que exaltava as prisões na operação e as atuações do então juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol, com que chegou a postar uma foto.
Atualmente, Camata também é vice-presidente Conselho Nacional de Controle Interno, que atua com objetivo de combater a corrupção, ampliar a transparência, fortalecer o controle social e gerar serviço público com efetividade, respeitando os princípios da Administração Pública.
Antes de ser secretário do governo do Espírito Santo, Edmar foi membro voluntário do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção do Governo do Estado.
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Disputa eleitoral
Edmar Camata — Foto: Reprodução
Em 2018, Edmar Camata disputou as eleições para deputado federal no Espírito Santo pelo PSB, mas não se elegeu. Na ocasião, o candidato recebeu 24.283 votos.
O discurso anticorrupção e de apoio à Lava Jato foi o pilar da campanha de Camata.
Vida pessoal
Edmar Camata e os filhos, Ravi, de 12 anos, e Dante, de 8 anos. — Foto: Reprodução
Nas redes sociais, Edmar Camata sempre faz postagens com os seus dois filhos, Dante, de oito anos, Ravi, de 12 anos.
O agente também compartilha conteúdos sobre a importância do controle e da transparência, como a Lei de Acesso à Informação, combate à corrupção, entre outros.