Adiamento de viagem de Lula abre espaço para anúncio de plano fiscal

Segundo fontes disseram à Bloomberg News, Fernando Haddad poderá negociar os detalhes finais e obter a aprovação do presidente antes do esperado

Anteriormente, plano seria anunciado após a viagem de Lula e Haddad à China
Por Martha Beck
26 de Março, 2023 | 07:55 AM

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Bloomberg — A equipe econômica brasileira deverá acelerar um plano fiscal altamente esperado pelo mercado e por investidores, que pode ser anunciado nesta semana que começa, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou sua viagem à China, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

O plano, que visa fechar apontar caminhos para atacar o déficit fiscal do Brasil, só seria anunciado depois que Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltassem da China.

Com a viagem foi adiada no fim de semana depois que o presidente foi diagnosticado com gripe, Haddad poderá negociar os detalhes finais e obter a aprovação de Lula antes do esperado, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque o assunto não é público.

A equipe econômica conta com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, para acelerar o plano, disse a pessoa. Mas nada garante que chegue antes de terça-feira (28), quando o banco central divulga a ata de sua última reunião em que decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.

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O Ministério das Finanças não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Lula deu entrada em um hospital de Brasília na quinta-feira (23), onde foi diagnosticado com gripe e está em tratamento. O Brasil notificou a China e busca uma data alternativa para a viagem.

Os mercados financeiros estão aguardando detalhes da proposta que substituirá a regra do teto de gastos do Brasil.

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A preocupação é que o Brasil não consiga equilibrar seu orçamento e, ao mesmo tempo, cumprir as promessas de campanha de Lula de mais investimentos e gastos sociais para impulsionar o crescimento.

Se o novo quadro fiscal gerar confiança, poderá ajudar o banco central a reduzir os custos dos empréstimos na maior economia da América Latina.

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