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    Aluno enviava fotos de armas e escola antiga registrou BO sobre “comportamento suspeito”

    Adolescente de 13 anos matou uma professora a facadas em escola na zona oeste de SP nesta segunda-feira (27)

    Bianca CamargoEvelyne Lorenzettida CNN

    em São Paulo

    O aluno que esfaqueou e matou uma professora na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, já havia feito ameaça de ataque contra a instituição de ensino em que estudava anteriormente.

    A CNN teve acesso a um boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro pela Escola Estadual José Roberto Pacheco, de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no 1º Distrito Policial (DP) da cidade.

    No documento, está escrito que o jovem estava “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

    “O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp a alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, complementa o boletim.

    A Secretaria de Educação do estado informou que, na época, as informações foram repassadas ao Conselho Tutelar e a Vara da Infância e da Juventude.

    De acordo com o secretário da Educação, Renato Feder, o agressor teve problemas com violência na outra escola, além de ter proferido insultos racistas contra colegas da atual instituição de ensino.

    As aulas na Escola Estadual Thomazia Montoro serão suspensas por uma semana. Para compensar o período, os alunos terão uma semana de aula a mais no mês de julho, conforme anunciou o secretário da Educação.

    O caso aconteceu por volta das 7h20 na Escola Estadual Thomazia Montoro, de ensino fundamental II, no bairro Vila Sônia.

    O autor do ataque é um jovem de 13 anos, que era estudante do 8º ano, que foi detido pela polícia.

    Filha relata carinho com professora

    A filha da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que morreu no ataque desta segunda-feira (27) falou sobre o carinho que ela recebia dos alunos.

    “O meu cunhado, que levava ela todo dia para dar aula, disse que a hora que ela chegava ali na escola, os alunos mesmo que vinham e abraçavam, ela era muito muito querida nessa escola, era um negócio impressionante (sic)“, contou.

    Ainda segundo a filha, Elisabeth começou a lecionar na Escola Estadual Thomazia Montoro, onde ocorreu o atentado, neste ano.

    “Ela era uma professora muito querida por onde ela passou. Os alunos, inclusive, mandavam mensagem para ela quando eles tinham alguma conquista ‘olha, professora Beth, graças a você, que me fez pensar, me fez refletir na minha trajetória, no meu caminho, em buscar oportunidades’”, afirma.