Por Kevin Lima, g1 — Brasília


Imagem mostra plenário da Câmara em 1º de fevereiro de 2023 — Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Cinco partidos anunciaram a formação de um bloco para atuação conjunta na Câmara dos Deputados. O grupo totaliza 142 parlamentares e será o maior da Casa.

Formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, o bloco reúne partidos aliados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e partidos que haviam declarado independência ou sinalizado oposição.

O anúncio da formação do bloco foi feito nesta quarta-feira (29).

Os blocos parlamentares são formados por dois ou mais partidos para atuar conjuntamente na Câmara. Têm líderes em comum e influenciam, por exemplo, na distribuição de cargos e comando de comissões.

O deputado federal Fábio Macedo (Podemos-MA) foi escolhido como líder do bloco consolidado. “Unimos as lideranças dos partidos para juntos seguirmos defendendo e levantando as bandeiras programáticas como a independência do parlamento, a despolarização política, a busca por consensos, a defesa da democracia e o desenvolvimento do Brasil.

Arthur Lira, durante sessão da Câmara dos Deputados — Foto: Adriano Machado/Reuters

Reeleição de Lira

Os cinco partidos que formam o bloco já estavam unidos desde 1º de fevereiro para a reeleição de Lira à presidência da Casa. Na ocasião, outros 15 partidos — individuais ou unidos em federações partidárias — também estavam na composição.

Com o passar dos dias, essas siglas foram deixando o grupo, que agora reúne somente MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.

Mesmo com o esvaziamento, o bloco supera a iniciativa articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de unir o PP e o União Brasil, que teria 108 deputados, se confirmada.

Inicialmente, essas siglas planejavam formar uma federação partidária, modelo no qual os partidos têm que se manter unidos por, no mínimo, quatro anos para além da atuação na Câmara.

A união desse bloco, no entanto, esbarra em um dispositivo do regimento interno da Casa. União Brasil e PP participaram do chamado "blocão" formado para eleger Arthur Lira em fevereiro. Por isso, segundo as regras de funcionamento da Câmara, não poderiam integrar outro bloco até o próximo ano.

Apesar da articulação frustrada, Arthur Lira se reuniu na última quarta (29) com lideranças dos partidos que formam agora o maior bloco da Câmara dos Deputados.

"Sempre defendi a unidade para reduzirmos o número de partidos, fortalecendo-os e dando à sociedade confiança no nosso sistema partidário. Dessa forma, reafirmamos o compromisso com a democracia e o parlamento brasileiros", escreveu em uma rede social após parabenizar as lideranças.

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