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Haddad discute meta de inflação com Campos Neto e diz que não é ‘dono da verdade’

Ministro afirmou que pretende restabelecer a harmonia entre governo e Banco Central, após críticas sobre manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano

Foto do author Eduardo Laguna
Foto do author Giordanna Neves
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Eduardo Laguna (Broadcast), Giordanna Neves (Broadcast) e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou nesta terça-feira, 4, que o efeito de possíveis mudanças de meta sobre as expectativas de inflação foi tema da reunião de ontem com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

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Ele frisou, no entanto, que não há intenção de antecipar a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) para debater mudanças na meta de inflação. No momento, disse Haddad, o ministério ouve e lê opiniões de macroeconomistas, pesquisadores da academia e técnicos do BC para levá-las em consideração quando o colegiado decidir sobre as metas à frente.

Nesse sentido, pontuou que acompanha o debate com humildade, ressaltando que não se coloca como “dono da verdade”.

Na reunião com Campos Neto, o ministro disse que buscou uma avaliação se a mudança de meta ancora ou desancora as expectativas de inflação. Reforçou, porém, que o momento de fixar a meta será mais para frente.

Ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou que está em curso um trabalho para restabelecer a harmonia entre o governo e o Banco Central Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

“Não queremos antecipar, a não ser na reunião em que isso vai ser debatido”, disse o ministro, durante participação em fórum do Bradesco BBI. “Quando formos discutir as metas dos anos seguintes, vamos tratar do debate da mudança de meta”, acrescentou.

Haddad afirmou que está em curso um trabalho para restabelecer a harmonia entre o governo e o Banco Central. “Estamos criando as condições para que essa harmonia se estabeleça de uma vez por todas e o Brasil volte a emitir títulos, debêntures, ações, mercado de capitais volte às boas”, disse.

Ele afirmou que, a partir do segundo semestre, o Brasil pode vivenciar uma experiência nova de crescimento sustentável e que é possível “virar a página” de curto prazo em pouco tempo.

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