Congresso não dará espaço para baderna e vandalismo, diz Lira

Presidente da Câmara afirmou que os invasores da Praça dos Três Poderes devem ser identificados e punidos na forma da lei

Dep. Arthur Lira preside a sessão da Câmara dos Deputados durante a entrega da Medalha do Mérito Legislativo, reconhecimento concedido a instituições ou personalidades que prestaram serviços à população ou ao Poder Legislativo
Lira (foto) disse que os responsáveis pelo vandalismo "devem ser identificados e punidos na forma da lei".
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 7.dez.2022

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), se manifestou sobre a invasão da Praça dos Três Poderes neste domingo (8.jan.2023). Ele afirmou que o Congresso Nacional “nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo“.

O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo“, disse o congressista em seu perfil no Twitter.

O presidente da Câmara também defendeu que os responsáveis pelo ataque na Praça dos Três Poderes “devem ser identificados e punidos na forma da lei“.

Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei“, afirmou Lira.

Invasão aos Três Poderes 

Por volta das 15h deste domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.

Em seguida, invasores se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, os radicais invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário.

São pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Dizem-se patriotas e defendem uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Antes da invasão  

A organização do movimento foi captada pelo governo federal, que determinou o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), havia 3 ônibus de agentes de segurança na Esplanada. Mas não foi suficiente para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.

Durante o final de semana, dezenas de ônibus, centenas de carros e centenas de pessoas chegaram na capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.

Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.

O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.

Durante o dia, policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso de pedestres tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidro e facas.

CONTRA LULA

Desde o resultado das eleições, bolsonaristas radicais ocuparam quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais de Brasília.

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