Finanças
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Por Fernanda Guimarães e Talita Moreira, Valor — São Paulo


Os bancos credores das Americanas deverão ser sentar com o trio de acionistas de referência da companhia, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira nesta semana, na tentativa de se buscar uma solução para a varejista, que está em recuperação judicial após a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões em seu balanço, apurou o Valor.

A reunião é esperada após a chegada dos três ao Brasil. Telles e Sicupira já estão no país e Lemann desembarcou no sábado, disse uma fonte. O último mora na Suíça. Não há um encontro marcado ainda.

Enquanto isso, Sicupira já teria tido contato com um banqueiro na semana passada. Mas, segundo uma fonte, não apresentou nenhuma proposta concreta e reiterou o argumento de que os três são acionistas como outros.

A chegada de Lemann ao Brasil foi entendida por alguns dos credores envolvidos nas negociações como um sinal de que “houve entendimento sobre a gravidade do caso”.

Até o momento não há uma sinalização de uma capitalização pelos três na companhia, apenas de um empréstimo pelo modelo “DIP”, no qual eles entrariam com R$ 1 bilhão, valor considerado muito baixo para aplacar a crise de curto prazo da empresa.

O encontro tem ainda como pano de fundo uma batalha judicial entre a empresa e os bancos, no que já chegou ao trio, visto que há um movimento de tentativa de responsabilização deles pela crise.

Na carta pública que divulgaram duas semanas atrás, os três se posicionaram como acionistas como outros quaisquer e alegaram não saber do que estava acontecendo na varejista. Na ocasião, também tentaram responsabilizar os bancos e a PwC, auditoria da Americanas, por não terem feito nenhum alerta sobre a situação da empresa. Desde então, o clima entre as partes piorou de vez.

Por isso, as conversas devem se dar sob forte tensão. Há uma grande irritação entre os bancos pela postura do trio e também pela demora dos três em aparecer para falar com os credores.

As reuniões entre executivos da área de crédito dos bancos e o Rothschild, contratado pela Americanas para conduzir a renegociação da dívida, têm refletido esse clima tenso. O Valor apurou que os credores têm sido duros, pois querem que os acionistas de referência façam um aporte significativo na companhia e assumam que houve fraude.

A Americanas revelou na noite de 11 de janeiro a descoberta de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões em seu balanço, deflagrando uma crise que a levou a pedir recuperação judicial. A lista de credores tem R$ 41,2 bilhões em compromissos.

Procurados, os acionistas de referência e a Americanas não haviam se manifestado até o momento da publicação desta nota.

Acionistas de referência da Americanas deve se reunir pela primeira vez com credores, que tentam responsabilizá-los pela crise — Foto: Foto: Divulgação
Acionistas de referência da Americanas deve se reunir pela primeira vez com credores, que tentam responsabilizá-los pela crise — Foto: Foto: Divulgação
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