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Haddad sobre nota da Fitch: “Harmonia entre Poderes é saída para grau de investimento”

Ministro Fernando Haddad comemorou elevação da nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, feito pela agência Fitch

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Ricardo Stuckert/PR
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou, nesta quarta-feira (26/7), a elevação da nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, de “BB-” para “BB”, pela agência de classificação de risco Fitch. Com isso, a perspectiva do país passa a ser estável.

A decisão é um termômetro importante para o mercado financeiro porque indica que a agência de classificação vê o Brasil com maior capacidade de honrar seus compromissos financeiros.

Para Haddad, o resultado está relacionado à harmonia entre os Poderes da República. “A chamada crise econômica que o Brasil vive é desdobramento da crise política. Se acertamos passo, vamos superar a situação e voltar a crescer com responsabilidade social, fiscal e ambiental”, disse o ministro em declaração à imprensa, na sede da pasta, em Brasília.

“A Fitch é a primeira das grandes que muda a nota. Eu sempre disse e continuo acreditando que a harmonia entre os Poderes é a saída para que nós voltemos a obter grau de investimento. Nós temos potencial de recursos naturais, recursos humanos, reservas cambiais, tecnologia, parque industrial. Não tem cabimento o Brasil viver o que viveu nos últimos anos”, frisou Haddad.

Em seguida, o ministro salientou que tem tido “grande apoio” do Congresso Nacional e citou nominalmente os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e dos senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Eduardo Braga (MDB-AM), pela atuação na reforma tributária.

Sobre a matéria, aprovada pela Câmara e agora no Senado, Haddad destacou que ela “é a principal reforma em curso, mas não a única”.

Ele citou medidas que recuperam a base fiscal do Estado e que serão encaminhadas ao Congresso junto ao orçamento de 2024. “É fundamental para que esses resultados continuem acontecendo. Tem muito trabalho pela frente. É só uma sinalização, que vem ao encontro das nossas expectativas”, explicou.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, também comemorou a elevação da nota. “Isso é muito importante, vem na linha do que estamos anunciando desde o início do ano, um plano de voo com equilíbrio fiscal e mais crescimento econômico”, disse.

Segundo Ceron, a mudança de nota pela Fitch denota que o caminho trilhado é correto e os resultados começam a aparecer.

Nas redes sociais, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, também comentou a boa notícia: “A elevação da nota do Brasil pela agência internacional de risco Fitch é mais uma comprovação de que trabalhamos no rumo certo: retomada do crescimento com queda da inflação e responsabilidade fiscal”.

Aumento da nota

“A elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, diz a agência, em comunicado.

Segundo a Fitch, apesar do ambiente político conturbado no país desde o rebaixamento da nota de crédito, em 2018, o Brasil avançou em “importantes reformas” na agenda econômica.

“A Fitch espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado (por exemplo, reforma tributária)”, afirma a agência.

Governo comemora

Em nota, o Ministério da Fazenda comentou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch. A pasta informou que “reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”.

“Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, diz o governo federal.

O que é uma agência de risco

As agências de classificação de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e, inclusive, de outras empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito (o chamado rating).

Além da Fitch, a S&P e a Moody’s completam a lista das principais agências de risco no mercado global. As três foram fundadas ainda no início do século passado e têm sede em Nova York, nos EUA (a Fitch tem sede dupla, em Nova York e em Londres, na Inglaterra).

S&P já havia melhorado a avaliação sobre o Brasil

Em junho, a agência de classificação de risco S&P Global já havia melhorado a observação sobre a nota de crédito do Brasil.

A entidade manteve a nota em “BBB”, o que significa que o país segue dentro do grau de especulação. A perspectiva adicionada à nota, no entanto, mudou de “estável” para “positiva”, o que não ocorria desde 2019.

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