Pela primeira vez depois de 12 anos teremos uma final de Copa Libertadores com duas equipes do mesmo país. E por mais que juntos Boca Juniors e River Plate tenham disputado 17 decisões da competição ao todo, em nenhuma outra das 35 edições anteriores dois argentinos marcaram presença.
Isso se deve a uma série de fatores, como a sorte das equipes no torneio e a variação na quantidade de representantes de cada nação. Entre 1960 e 2004, não houve nenhuma final com dois times do mesmo país.
Nas edições de 2005 e 2006 a situação ocorreu quando o São Paulo esteve na decisão contra o Atlético-PR e Internacional, respectivamente. Naquela época, não existia nenhum impedimento no regulamento em relação ao ponto em questão.
No entanto, diante da contestação das outras equipes sobre a disparidade de nível existente entre os brasileiros e os rivais sul-americanos, a Conmebol decidiu adotar a proibição de finais com dois times do mesmo país entre os campeonatos de 2007 e 2017. Nesse período, os times do Brasil eram colocados para se enfrentar no mata-mata até às semifinais, de modo que impossibilitasse a presença de dois ou mais em lados diferentes do chaveamento. Isso fez com que, por exemplo, o Grêmio enfrentasse o São Paulo nas oitavas de final em 2007 e o Santos na semifinal.
Para esta edição a confederação excluiu a regra da "semifinal caseira" e permitiu com que, caso houvesse dois times do mesmo país na fase anterior à final em lados diferentes do chaveamento, elas não necessariamente precisariam se enfrentar. Graças a isso, o Boca Juniors pôde jogar contra o Palmeiras enquanto o River Plate brigou pela vaga com o Grêmio e, graças ao bom resultado dos argentinos, a Libertadores de 2018 terá sua primeira final apenas com agremiações da nação vizinha aos brasileiros.