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Bolsonaro compartilha vídeo que desacredita sistema eleitoral, mas apaga em seguida

No registro compartilhado por Bolsonaro, procurador diz que imagem em software “não é igual aquilo que saiu da sua consciência”

atualizado

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Reprodução
Bolsonaro ultimo discurso 04
1 de 1 Bolsonaro ultimo discurso 04 - Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o Facebook, na noite de terça-feira (10/1), para compartilhar material que desacredita as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. No vídeo, o procurador bolsonarista do Mato Grosso do Sul Felipe Gimenez afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral”.

Após a repercussão negativa, a publicação foi excluída das redes sociais do ex-presidente, que encontra-se, atualmente, na Flórida (EUA), para onde foi no fim do ano para tirar férias.

Durante o mandato, Bolsonaro duvidou da efetividade do sistema eleitoral diversas vezes e insuflou em seus apoiadores o mesmo comportamento. Depois de ser derrotado nas urnas pelo candidato petista, o PL, partido de Bolsonaro, chegou a solicitar que o resultado de urnas antigas utilizadas no segundo turno fosse desconsiderado.

A ação, porém, foi negada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, que apontou tentativa de tumultuar o processo eleitoral sem provas concretas e multou a sigla em R$ 22,9 milhões.

No vídeo compartilhado por Bolsonaro, o procurador afirma indicar erros no sistema eleitoral brasileiro desde 1996, mas diz nunca ter recebido atenção. “Como é que você pode ter certeza de que uma imagem que um software mostra numa tela pra você é igual aquilo que saiu da sua consciência? A imagem que você vê é produzida pelo software, que não está sob seu controle, que não foi escrito por você, que não é verificado por você”, argumenta Gimenez.

O homem também defende o voto impresso, diz que Lula “não foi eleito pelo povo brasileiro” e sim “foi escolhido pelo serviço eleitoral”. Também tenta estabelecer uma relação entre a laicidade do Estado para dizer que, dessa forma, “ninguém é obrigado a confiar em servidor público”.

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