Por g1 — Brasília


A Polícia Federal relatou, em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham "plena ciência" da fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e pessoas de seu entorno.

A PF investiga suspeita de fraude nos registros de vacina do ex-presidente e da filha. Segundo as apurações, a informação da vacina teria sido irregularmente inserida no sistema do governo para viabilizar a entrada do ex-presidente e da filha nos Estados Unidos.

Mais cedo, em com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a PF realizou busca e apreensão na casa de Bolsonaro. Outras pessoas foram alvo de buscas e seis foram presas, entre elas Cid.

"Os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro César Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência de inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente", diz a PF.

Mais cedo, a jornalistas, Bolsonaro disse que não fraudou o cartão e que não tomou a vacina.

Operação

A operação foi autorizada por Moraes dentro do inquérito das "milícias digitais", que já tramita no STF.

A TV Globo apurou que a fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os Estados Unidos (no penúltimo dia de mandato).

Bolsonaro diz que não tomou vacina. Segundo investigações, o registro foi incluído no sistema para o ex-presidente poder entrar nos EUA

Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema no dia 27 do mesmo mês.

Quem é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso em operação da PF

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