Bolsonaro chega a 19 ministros indicados e ainda faltam pelo menos 2
Militar falou ontem em ‘menos de 20’
Na campanha, disse que seriam 15
O presidente eleito Jair Bolsonaro já anunciou 19 ministros para compor a Esplanada no próximo governo. Nesta 4ª feira (28.nov.2018), ele admitiu que o número pode passar de 20.
Ainda faltam indicações de pastas como Meio Ambiente e Minas e Energia, que devem permanecer com a configuração atual.
Com essas duas, seriam no mínimo 21 pastas, mas Bolsonaro afirma que o desenho da Esplanada não está concluído e que há demandas para a criação de outras, como a de Mulheres.
“Sobre mulheres, vai ser decidido. Houve 1 apelo da bancada feminina, grande parte presente aqui. Elas querem o 22º ministério, das mulheres. A gente aumenta mais 1 ou não?”, brincou o presidente em entrevista à imprensa no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) Brasília.
Falta definição, ainda, para áreas como Trabalho e Direitos Humanos.
Caso Bolsonaro feche o desenho da Esplanada com 21 ministérios, ele será o 3º presidente eleito, desde a redemocratização, a iniciar o mandato com menor número de pastas. O 1º é o ex-presidente Fernando Collor de Mello, que iniciou o mandato, em 1990, com 12 ministérios, seguido por Itamar Franco, que assumiu após o impeachment de Collor, em 1992, com 16 pastas.
Na 3ª feira (27.nov), integrantes da equipe falaram ser grande a chance de dividir as atribuições de Trabalho entre outros ministérios.
Já o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, admite também a possibilidade de manter-se para Direitos Humanos.
AGU e BC podem ter status reavaliado
Lorenzoni disse nesta 4ª que há possibilidade de revisar o status de ministério para a AGU (Advocacia Geral da União). Também reafirmou que o Banco Central terá o status até que a autarquia se torne independente.
“O Bacen é transitoriamente, porque no momento em que tiver independência, perde status. E tem a questão da AGU, que será avaliada oportunamente, lá na frente”, afirmou.
Bolsonaro prometeu 15 ministérios
Durante a campanha, Bolsonaro prometeu enxugar a estrutura do 1º escalão, dos atuais 29 para 15 ministérios. Mas ele disse que vários órgãos que perderiam o “status” seriam prejudicados.
É o caso do Banco Central. Como já explicou o Poder360, parte da autonomia operacional da autarquia decorre do fato de haver “status de ministro” para o presidente do órgão. Ele disse que manterá assim até que a instituição se torne independente.
Nesta 4ª, foram anunciados 3 novos nomes para compor a Esplanada em 2019: Marcelo Álvaro (Turismo), Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto (Desenvolvimento Regional) e Osmar Terra (Cidadania).
A composição completa deve ser definida até as primeiras semanas de dezembro. Eis os nomes que já foram anunciados:
- Paulo Guedes (Economia);
- Onyx Lorenzoni (Casa Civil);
- Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública);
- general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional);
- Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia);
- Tereza Cristina (Agricultura);
- general Fernando Azevedo e Silva (Defesa);
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores);
- Wagner Rosário (Controladoria Geral da União);
- Luiz Henrique Mandetta (Saúde);
- Roberto Campos Neto (Banco Central);
- Gustavo Bebianno (Secretaria Geral da Presidência);
- Ricardo Vélez Rodríguez (Educação);
- general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo);
- Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura);
- Marcelo Álvaro (Turismo);
- Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto (Desenvolvimento Regional);
- Osmar Terra (Cidadania).