Política
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Por — Brasília

A concorrência interna para tentar influenciar o presidente Lula nas escolhas para as vagas que serão abertas na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou o clima de disputa no governo. As fissuras cresceram na última semana, especialmente com o retorno da discussão sobre a divisão do Ministério da Justiça, caso Flávio Dino seja escolhido para assumir a vaga de Rosa Weber na Corte.

Uma ala ligada ao PT e ao Prerrogativas defende o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para o STF e o subprocurador-geral Antônio Carlos Bigonha para a PGR. O mesmo grupo também trabalha para fatiar o Ministério da Justiça e comandar a área da Segurança Pública. A crise na Bahia, estado comandado pelo PT, acentuou no partido a defesa pela criação de uma marca no setor.

O cenário motivou um jantar entre parlamentares do partido e Messias na quarta-feira. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), os deputados Rui Falcão (SP), Alencar Santana (SP) e o senador Humberto Costa (PE) estavam entre os presentes. O ministro ouviu que tem a confiança da legenda para a vaga. Além de ter participado do governo Dilma, Messias foi chefe gabinete do senador Jaques Wagner (BA) por quatro anos.

No encontro, foram feitas críticas à gestão de Dino, considerado favorito para a cadeira na Corte. A principal ponderação é o que consideram a falta de uma política efetiva de segurança pública.

Do outro lado, aliados de Dino argumentam que ele tem conseguido atuar para “desbolsonarizar” instituições como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Além de defender que Justiça e Segurança Pública sigam sob a mesma alçada, o grupo de Dino tem simpatia pela candidatura do subprocurador-geral Paulo Gonet para a PGR.

O clima de disputa se acentuou a ponto de Dino e Messias terem conversado por telefone na quinta-feira. Eles reforçaram que não têm problemas pessoais e combinaram troca de afagos nas redes.

Por interlocutores de Dino, a campanha de Messias ao STF tem sido classificada como agressiva. As críticas à gestão do ministro da Justiça são consideradas parte da estratégia petista para emplacar Messias na Corte. Esses aliados citam inclusive a agenda do titular da AGU, que se reuniu com a bancada evangélica, além de já ter participado nos últimos dias de jantar organizado pelo Prerrogativas e de evento da Federação Brasileira de Bancos. Messias alega a aliados que esses compromissos estavam agendados e que não pode parar sua agenda em função da possibilidade de ser escolhido ministro da Corte.

Parlamentares petistas levantam dúvidas se Dino, no STF, levaria adiante pautas à esquerda que o partido defende, enquanto Messias é visto como político com conduta agregadora, além de ser evangélico e de esquerda, o que é visto como um ativo para unir diferentes alas do Supremo. Aliados de Dino veem justamente no perfil do ministro um ponto forte e afirmam que ele é único do primeiro escalão que faz o embate político público ao bolsonarismo.

Segurança pública

Caso Dino seja o escolhido para o STF, Messias já manifestou a pessoas próximas que não tem interesse em ir para o Ministério da Justiça. A interlocutores, afirma se sentir preparado para a Corte, mas, se não for convidado, quer seguir no atual cargo, por avaliar que tem liberdade para levar adiante sua agenda prioritária.

Outra preocupação do grupo que apoia Messias é a possibilidade de Gonet assumir a PGR. Para petistas, o vice-procurador-geral eleitoral tem perfil conservador e sua ida ao comando da PGR daria muito poder ao ministro Gilmar Mendes, do STF. Já o grupo que apoia Gonet avalia que Bigonha poderá ter um perfil semelhante ao de Rodrigo Janot, procurador-geral no auge da Lava-Jato. Gonet, como mostrou o GLOBO, tem o apoio do próprio Dino para a vaga.

O debate sobre uma divisão do Ministério da Justiça tem feito alas do PT se movimentarem. Uma delas defende a deputada federal Adriana Accorsi (GO) em uma eventual pasta de Segurança Pública. Abdael Ambruster, coordenador nacional de segurança pública do PT, foi consultado por uma liderança ligada a Lula com pedidos por nomes de uma mulher para o eventual posto. O setorial indicou Accorsi, que se reuniu com Dino na quarta. (Com Guilherme Caetano)

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