O ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun enviou nesta quarta-feira (2) um comunicado à imprensa informando que o presidente Jair Bolsonaro decidiu não revogar o ato relativo à sua nomeação para o Conselho de Itaipu Binacional.
Marun disse que recebeu uma ligação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que lhe deu a notícia.
Segundo Marun, Onyx tratou do assunto com Bolsonaro, que decidiu manter o ato do ex-presidente Michel Temer. “Estarei, portanto, exercendo esta função com o mesmo empenho que dediquei a todas as funções que exerci”, diz Marun no comunicado.
Ele transmitiu, hoje de manhã, o cargo para o general Carlos Alberto Santos Cruz. A decisão de Bolsonaro coloca em xeque o discurso de rompimento com a “velha política”, já que Marun era um dos deputados mais próximos do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, na ocasião filiado ao MDB, e que está preso em Curitiba por desvios no âmbito da "Operação Lava-Jato". Marun chegou a visitar Cunha na prisão.
Com o gesto, Bolsonaro mantém o ex-ministro num dos empregos mais disputados do alto escalão do governo federal. Marun ficou sem mandato ao optar por continuar ministro de Temer ao invés de disputar novo mandato.
Marun declarou recentemente que queria ter sido o candidato do MDB à Presidência para defender o governo Temer.