Política
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Por — Brasília

Uma ala do governo Luiz Inácio Lula da Silva passou a defender que o vice-presidente Geraldo Alckmin auxilie a articulação política em meio à crise do Palácio do Planalto com o Congresso. Interlocutores do presidente avaliam que Alckmin tem espaço para ter um peso político maior do que exerce atualmente, criando uma agenda direta com setores conservadores do Congresso resistentes ao PT.

Filiado ao PSB após 33 anos no PSDB, Alckmin tem proximidade com políticos de centro-direita, setores conservadores da igreja e de empresários. Dentro do governo, o vice é visto como alguém que poderia agregar ao atuar em uma linha auxiliar ao trabalho dos ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil). A nova função, porém, não representaria mudança de cargo, pois ele se manteria negociando pautas de interesse da pasta que comanda, o Ministério de Indústria, Comércio e Serviço (Mdic).

O reforço do vice na articulação passou a ser citado em um momento em que o Planalto enfrenta um desarranjo na relação com a Câmara dos Deputados, agravada pelo conflito mais recente em que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que Padilha era “incompetente” e um “desafeto pessoal”. Para manter o diálogo, ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem negociado com o deputado, enquanto Padilha trata de pautas de interesse do Executivo com líderes partidários. Esse modelo descentralizado passou a ser criticado dentro do Planalto e por aliados petistas.

Com a crise na relação do Planalto com o Congresso escalando, somado a promessa de Lula de não fazer mudanças na equipe de articulação, o nome de Alckmin passou a ser citado como alguém próximo ao presidente com potencial de assumir mais atribuições políticas na defesa do governo.

Integrantes da Casa Civil relatam que Rui Costa está sobrecarregado com demandas da articulação e enxergam em Alckmin uma frente de atuação que poderia reforçar as conversas com o Congresso, especialmente junto a setores que rejeitam uma aproximação com articuladores petistas. O argumento do núcleo próximo a Costa é que, com o conflito entre Padilha e Lira, as negociações no varejo da Câmara acabam respingando no chefe da Casa Civil, enquanto sua função principal é gerenciar o andamento dos programas dos ministérios.

No cotidiano do Planalto, o vice é chamado com frequência por Lula para conversas em seu gabinete. Alckimin, porém, não integra o núcleo político do presidente, formado unicamente por petistas. Além de Costa e Padilha, estão os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Uma ala de aliados de Lula considera problemático esse núcleo político ser formado unicamente por integrantes do partido do presidente enquanto o Planalto enfrenta dificuldades com o perfil mais conservador do Congresso.

Integrantes do grupo de Alckmin corroboram a avaliação de ele poderia atuar na articulação política. Admitem que Alckmin tem um perfil conciliador e costuma dar atenção a deputados e senadores. Na segunda-feira, após Lula cobrar mais “agilidade” do vice nas conversas com o Congresso em um evento no Planalto, ele postou um meme nas redes sociais no qual afirma já ter feito, somente neste ano, 52 reuniões, com 75 parlamentares.

De acordo com a agenda do vice, Alckmin recebeu parlamentares de 12 legendas diferentes. Embora a maior parte dos encontros seja com nomes do PT e PSD, também abriu espaço para deputados e senadores do Republicanos, PSDB, PP, União Brasil e até do PL. Nesse período o vice recebeu deputados federais conservadores como Jorge Goetten (PL-SC), Luis Carlos Gomes (Republicanos-RJ) e Vitor Lippi (PSDB-SP).

A prestação de contas após a cobrança veio acompanhada de um meme sobre o tema com uma montagem de um desenho animado do Papa-Láguas com o rosto do vice: “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”.

"Ele tem toda razão de cobrar de seu governo empenho para acelerar as negociações com o Congresso. Tenho dialogado todos os dias com parlamentares que estão nos ajudando a negociar a aprovação de projetos estruturantes. Somente este ano foram 52 reuniões, com 75 parlamentares", escreveu o vice-presidente na legenda da publicação.

Caso Alckmin entre de fato na articulação política do Planalto, não será a primeira vez que o vice-presidente exercerá a função. Em 2015, meses antes de sofrer um impeachment, a então presidente Dilmar Rousseff delegou a seu vice, MIchel Temer, o cargo de interlocutor do governo com o Congresso após demitir seu ministro das Relações Institucionais, o petista Pepe Vargas.

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