Por G1


Juan Guaidó exibe cópia da Constituição e segura bandeira da Venezuela durante manifestação em Caracas na qual se declarou presidente interino do país, na quarta-feira (23) — Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Diversos países cujos governos condenam o regime de Nicolás Maduro reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela após o discurso em que o líder da Assembleia Nacional disse que tem o objetivo de estabelecer um governo de transição e organizar eleições livres.

Veja abaixo quais são:

  • Brasil
  • Estados Unidos
  • Argentina
  • Canadá
  • Chile
  • Colômbia
  • Costa Rica
  • Equador
  • Guatemala
  • Honduras
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • Austrália
  • Israel
  • Reino Unido
  • Espanha
  • Alemanha
  • França
  • Dinamarca
  • Suécia
  • Áustria
  • Holanda
  • Portugal

De outro lado, alguns países apoiaram a permanência de Maduro:

  • Rússia
  • Cuba
  • México
  • Bolívia
  • Nicarágua
  • Turquia
  • China
  • Irã

Brasil e EUA manifestam apoio a Juan Guaidó, líder da oposição da Venezuela

Brasil e EUA manifestam apoio a Juan Guaidó, líder da oposição da Venezuela

Apoio a Guaidó

Os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a declaração de Guaidó. O presidente Donald Trump afirmou a jornalistas não considerava tomar medidas militares nesse momento, mas deixou claro que "todas as opções estão sobre mesa".

No começo da noite, 11 países integrantes do Grupo de Lima – que já havia declarado apoio à oposição a Maduro – ratificaram o apoio a Guaidó. O Brasil está entre esses países.

Hamilton Mourão, que ocupa a Presidência brasileira em razão da viagem de Jair Bolsonaro a Davos, declarou que o Brasil não participaria de uma eventual intervenção americana no país. Segundo ele, não faz parte da política externa brasileira “intervir” em questões internas de outros países.

No dia 4 de fevereiro, países europeus reconheceram Guaidó. São eles: Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca, Áustria e Holanda. O Parlamento Europeu reconheceu Guaidó em 31 de janeiro.

Apoio a Maduro

Já Irã, Rússia e China -- tradicionais aliados da Venezuela -- reafirmaram seu apoio ao líder chavista e se opuseram ao que classificaram como "intervenção estrangeira" na política interna venezuelana.

O porta-voz da chancelaria iraniana, Bahram Qasemi, afirmou que "a República Islâmica do Irã apoia o governo e a nação da Venezuela contra qualquer intervenção estrangeira em seus assuntos internos ou qualquer outra medida ilegal como um golpe de Estado".

Em comunicado, o ministério russo das Relações Exteriores declarou que a interferência externa destrutiva é "inaceitável" e abre espaço para a desordem e "o banho de sangue".

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ainda que declarações de autoridades americanas que sugerem a possibilidade de intervenção militar são muito perigosas.

"Consideramos a tentativa de usurpação do poder na Venezuela (...) como uma violação do direito internacional. Nicolás Maduro é o legítimo chefe de Estado", declarou.

"Esperamos que a Venezuela e os Estados Unidos possam respeitar e tratar uns aos outros em pé de igualdade, e lidar com suas relações com base na não-interferência nos assuntos internos de cada um", afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China.

Posição da UE

A União Europeia fez um apelo na noite de quarta para a organização de “eleições livres e credíveis” na Venezuela. A nota divulgada pelo bloco, no entanto, não menciona diretamente a iniciativa de Guaidó.

A Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou que o povo da Venezuela “pediu maciçamente a democracia e a possibilidade de determinar livremente seu próprio destino. Essas vozes não podem ser ignoradas”.

“A UE apela fortemente ao início de um processo político imediato que conduza a eleições livres e credíveis, em conformidade com a ordem constitucional”, diz a nota de Mogherini. "A UE apoia plenamente a Assembleia Nacional como instituição democraticamente eleita cujos poderes devem ser restaurados e respeitados."

O que disseram os presidentes

"Os cidadãos da Venezuela sofreram por tempo demais nas mãos do regime ilegítimo de Maduro. Hoje, eu reconheci oficialmente o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela", disse Donald Trump, no Twitter. Mais tarde, embora tenha afastado a possibilidade de uma intervenção militar neste momento no país, ele afirmou a jornalistas que "todas as opções estão sobre mesa".

"Confiamos, como os demais países do Grupo Lima, que a decisão da Assembleia e de seu presidente leve à restauração da democracia por meio de eleições livres e transparentes, com força total da Constituição e com a participação dos líderes da oposição."

"O Paraguai expressa seu apoio ao presidente interino da Venezuela @jguaido. Contem conosco para abraçar de novo a liberdade e a democracia", escreveu o presidente paraguaio Mario Abdo Benitez no Twitter.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou no Twitter que a Europa apoia a “restauração da democracia” no país e saudou a “valentia de centenas de milhares de venezuelanos que caminham pela sua liberdade”. No entanto, o presidente francês não reconheceu explicitamente Guaidó como presidente interino.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, telefonou para Maduro para apoiá-lo, de acordo com seu porta-voz. "Maduro, irmão! Mantenha-se firme, estamos do seu lado", disse.

O líder turco, que se manteve no poder após uma tentativa de golpe em 2016, afirmou ainda que, “onde quer que haja uma tentativa de golpe no mundo, estamos contra todos eles sem distinção".

Organizações internacionais

O presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também apoiou no Twitter o juramento de Juan Guaidó. Ele felicitou o presidente da Assembleia e defendeu a democracia.

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