Política
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Por — Brasília

O PT divulgou nesta quarta-feira uma nota em que diz que vai apoiar e participar de atos críticos ao golpe militar de 1964. As manifestações estão previstas para acontecer nos próximos dias 31 de março e 1º de abril em diversas cidades do país. A ação vai na contramão de decisão recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que barrou o governo de promover eventos alusivos à data em que a Ditadura Militar foi implantada.

A elaboração do documento foi decidida em reunião do Diretório Nacional do PT ontem, quando também foi debatida a participação da legenda nas eleições municipais.

No texto, o partido diz "que apoiará e participará dos atos e manifestações da sociedade previstos para os dias 31 de março e 1º. de abril em diversos pontos do país, além das atividades organizadas por sua fundação, a Fundação Perseu Abramo, sobre os 60 anos do Golpe de 1964".

Como mostrou o GLOBO, Lula deu uma ordem explícita aos ministros do Palácio do Planalto que não queria que o governo fizesse nenhum movimento ou evento em memória aos 60 anos do Golpe Militar, nem a favor e nem contra.

Em entrevista à RedeTV no final de fevereiro o presidente comentou o assunto e disse que não vai "ficar se remoendo" e que vai "tentar tocar esse país para a frente”.

Na nota, o PT relaciona o golpe militar de 1964 com as investigações envolvendo uma tentativa de golpe ao impedir a posse de Lula na Presidência, após o petista ter derrotado o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.

"Neste momento em que o ex-presidente acusado de comandar um novo e frustrado golpe de Estado desafia as leis nacionais e mesmo internacionais, o PT reforça a mobilização contra a anistia aos golpistas, exige punição de todos que planejaram, financiaram e organizaram a conspiração golpista e os atentados de 8 de janeiro, sejam civis ou militares. Todos: desde seu comandante, Jair Bolsonaro, aos generais e chefes militares golpistas, empresários e demais envolvidos na conspiração", afirmou o partido.

De acordo com petistas ouvidos pelo GLOBO há também uma articulação para que a bancada do PT na Câmara divulgue uma outra nota, dessa vez para cobrar a retomada do funcionamento da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, que foi criada em 1995 e extinta no final de 2022, no fim do governo de Jair Bolsonaro. Ela trata de desaparecimentos e mortes de pessoas por suas atividades políticas no período da Ditadura Militar.

O governo é acusado de colocar em banho-maria a recriação da comissão. Desde março de 2023, Lula tem pronta uma minuta de decreto para reinstalar o colegiado, mas ainda não bateu o martelo sobre quando isso ocorrerá. A questão enfrenta forte resistência nas Forças Armadas. A ideia é que os deputados do partido cobrem a retomada da estrutura, mas sem fazer menções diretas a Lula no texto.

No texto divulgado pelo Diretório Nacional do PT nesta quarta há também menções as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).

A legenda declarou que "saúda o avanço das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, com a prisão dos suspeitos de ordenarem o crime, o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, além do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa".

O posicionamento foi apontado por integrantes do partido como uma forma de desautorizar as declarações do deputado Washinton Quaquá (PT-RJ), um dos vice-presidentes da legenda, que disse ao jornal Estado de São Paulo que é preciso "ter clareza" sobre o assunto antes de associar o deputado Chiquinho Brazão ao crime.

Um pedido para que uma das vice-presidências do PT fosse extinta, com o objetivo de remover Quaquá do cargo, foi apresentada pelo historiador Valter Pomar, que faz parte do Diretório Nacional, mas não chegou a ser analisado pelo partido. Integrantes da legenda veem dificuldades em fazer prosperar a iniciativa e dizem que o modo de responder Quaquá foi desautorizando a declaração dele.

O PT também comentou o conflito entre Israel e Palestina no texto e disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, patrocina "o genocídio do povo palestino em Gaza".

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