Música

Por G1


O cantor James Brown durante show em Praga, em novembro de 2006 — Foto: AFP

Uma investigação liderada pela emissora americana CNN e divulgada nesta quarta-feira (6) aponta indícios de que a causa da morte do cantor James Brown, em 2006, pode ter sido um assassinato.

A rede de TV entrevistou quase 140 pessoas e analisou milhares de páginas de registros policiais e judiciais, além de testes forenses e mensagens de texto.

Brown, uma das figuras mais influentes da história da música dos EUA, morreu numa manhã de Natal, aos 73 anos, após uma curta pneumonia. A causa oficial registrada foi insuficiência cardíaca.

Mas Jacque Hollander, uma artista de circo que diz ter trabalhado com o cantor nos anos 1980, apresentou à CNN documentos que levantam suspeitas sobre as mortes de Brown e de sua terceira mulher, Adrienne, morta em 1996 por uma overdose acidental de analgésicos, segundo relatório médico.

Hollander diz ter sido estuprada por Brown em 1988 e, embora nunca tenha denunciado o cantor, diz ter reunido evidências relacionadas a ele ao longo de 30 anos. As declarações dela deram início à investigação da emissora, em 2017.

Desconfiança de médico

O médico que assinou o atestado de óbito de Brown também foi entrevistado pela CNN. Ele revelou desconfiança sobre a rápida deterioração do cantor.

"Ele mudou muito rápido", contou Marvin Crawford. "Era um paciente que eu nunca teria previsto com esse quadro... Mas ele morreu naquela noite, e eu levantei a questão: o que deu errado naquela sala?".

O médico também relatou que uma enfermeira encontrou resíduos de drogas em um tubo de respiração usado por Brown. Ele disse que "alguém poderia ter dado a ele uma substância ilícita, que levou à sua morte".

Crawford lembrou ter recomendado uma autópsia no corpo do cantor, o que teria sido recusado por uma de suas filhas, Yamma.

De acordo com a CNN, ao menos 11 pessoas chegaram a pedir uma nova investigação policial sobre a morte da lenda do soul, incluindo LaRhonda Pettit, também sua filha.

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