Presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE) votou contra o governo na primeira derrota infligida ao Planalto pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (19).
O parlamentar votou pela aprovação da urgência do projeto que derruba o decreto de alteração da Lei de Acesso à Informação, publicado em janeiro pela gestão de Jair Bolsonaro.
O texto foi aprovado depois, em votação simbólica.
No centro da crise instalada no Palácio do Planalto com a revelação pela Folha da existência de um esquema de candidaturas laranjas do PSL para desviar verba pública eleitoral, Bivar foi conversar com Bolsonaro nesta terça. Ao voltar, votou contra o governo.
Além de Bivar, outro parlamentar do PSL votou a favor da urgência: Coronel Tadeu (SP). O requerimento foi aprovado por 367 votos, com apenas 57 votos contrários.
Estes vieram principalmente do PSL, mas também de outros partidos. Fiel aliado de Michel Temer durante sua época da Presidência, Darcísio Perondi (MDB-RS) foi um dos que votou com o Planalto.
A votação foi tratada como um recado do Congresso para o Executivo. Deputados estão insatisfeitos com a falta de interlocução com o governo, e reclamam de não terem sido chamados para discutir a reforma da Previdência antes da apresentação da proposta à Casa, que ocorrerá nesta quarta-feira (20).
A assessoria de imprensa do deputado informou se tratar de um "erro de digitação" e que o deputado teria votado errado.
Na votação seguinte, pela retirada do projeto da pauta do dia, Bivar votou favoravelmente, junto com seus correligionários.
A assessoria também afirmou que o almoço do presidente do partido com Bolsonaro foi ótimo e que eles trataram da reforma da Previdência.
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