Por G1


Juan Guaidó fala com funcionários públicos em Caracas nesta terça (5) — Foto: Iván Alvarado/Reuters

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, afirmou nesta terça-feira (5) que estava conversando com sindicatos para convocar uma greve de funcionários públicos, na tentativa de paralisar o setor estatal, aumentando a pressão sobre Nicolás Maduro ao tentar atingir uma de suas mais importantes bases de apoio.

O chavista, por sua vez, falou em público pela primeira vez após o retorno do presidente interino autoproclamado à Venezuela, nesta segunda, e não citou Guaidó diretamente, mas disse que derrotaria os oposicionistas.

"Enquanto uma minoria enlouquecida continua com seu ódio, em sua amargura, nem prestamos atenção, compatriotas", discursou."Que siga a minoria enlouquecida em sua amargura. Vamos derrotá-los, tenham certeza absoluta. Por Chávez, o faremos. Pela grande história da pátria, o faremos", afirmou num ato que lembrou os seis anos da morte de Hugo Chávez.

As greves que Guaidó tenta articular buscariam aproveitar o momento da oposição, impulsionado pela sua volta a Caracas, depois que ele desrespeitou a proibição de viagem para fazer um giro por países vizinhos em busca de apoio para sua campanha pela deposição de Maduro.

Embora Guaidó tenha publicamente especulado que autoridades o prenderiam quando retornasse, ele passou pelo Aeroporto Internacional de Caracas sem problemas. Ele, então, foi para uma marcha na qual brincou com fato de o governo ter permitido sua entrada sem problemas, dizendo ao público que “alguém não obedeceu uma ordem”.

Na Venezuela, Juan Guaidó convoca greve geral contra regime de Maduro

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Maduro participa de ato para lembrar os seis anos da morte de Hugo Chávez — Foto: Reuters/Palacio de Miraflores

Manifestações dos dois lados

O autoproclamado presidente interino convocou uma nova manifestação contra Maduro no sábado e o líder chavista respondeu nesta terça convocando demonstrações anti-imperialistas.

Guaidó pediu que funcionários estatais, que historicamente são pressionados pelo governista Partido Socialista a apoiar Maduro publicamente, rejeitassem o governo e prometeu anistias posteriores para aqueles que o fizessem.

“O momento chegou, e nosso chamado, nosso pedido, e nosso completo apoio a funcionários públicos, é por esta greve”, disse Guaidó, em uma entrevista coletiva, depois de se reunir com funcionários públicos. Ele não disse quando a greve aconteceria.

Guaidó, reconhecido pela maioria das nações ocidentais com legítimo chefe de Estado da Venezuela, afirmou que buscaria paralisar o setor público.

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