Política
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Por Carla Araújo e Fernando Exman, Valor — Brasília


O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou o episódio envolvendo o recuo do ministro da Justiça, Sergio Moro, na escolha da cientista política Ilona Szabó para fazer parte do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), como uma derrota para o país, que precisa aprender a conviver com as diferenças de opinião. 

“Eu acho que perde o Brasil. Perde o Brasil todas as vezes que você não pode sentar numa mesa com gente que diverge de você. O Brasil perde. Não é a figura A, B ou C. Perde o conjunto do nosso país e nós temos que mudar isso aí”, disse em entrevista ao Valor, na última sexta-feira.

A indicação gerou forte reação nas redes sociais entre bolsonaristas, o que fez Moro pedir “escusas” e revogar a nomeação após “repercussão negativa em alguns segmentos”.

Questionado se não seria um enfraquecimento de Moro, que é, ao lado de Paulo Guedes (da Economia), apontado como um “superministro”, Mourão disse que o recuo faz “parte da política”. “A política é isso aí, você não consegue impor, senão vira ditadura”, disse.

Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi um dos que se expressou nas redes sociais contra a escolha de Ilona Szabó. “Meu ponto de vista é como essa Ilona Szabó aceita fazer parte do governo Bolsonaro. É muita cara de pau junto com uma vontade louca de sabotar, só pode”, acusou.

Mourão tentou minimizar as declarações dos filhos de Bolsonaro e disse que, no caso da cientista política, eles não tiveram influência. “Mas não foi (influência dos filhos). Ali, para mim, a minha visão é de que houve ataque de ambos os lados. Da ala mais radical dos apoiadores do presidente e houve ataques da ala mais radical que apoia as visões que a Ilona tem, que também diziam ‘você não tem que estar junto ai, você não tem que estar com esse pessoal’”.

Mourão disse ainda que o fato de Ilona divergir de ideias do governo são “apenas opiniões”. “Não é mais do que isso. É uma pessoa. Que não foi testada em combate. Qual é o teste de combate dela? Ela dirigiu alguma coisa? Gerenciou alguma coisa? Não, ela tem opiniões”, afirmou.

Ilona tem posições que vão de encontro com as da maioria dos apoiadores de Bolsonaro. Ela, por exemplo, já havia se manifestado contra a redução da maioridade penal e a favor da liberação das drogas.

Na nota de dispensa, Moro disse que a sua escolha havia sido “motivada pelos relevantes conhecimentos da nomeada na área de segurança pública e igualmente pela notoriedade e qualidade dos serviços prestados pelo Instituto Igarapé”.

Ilona também divulgou uma nota após ter sido vetada, na qual criticou grupos de seguidores do astrólogo e guru de Bolsonaro Olavo de Carvalho na internet e afirmou que “ganha a polarização” e “a pluralidade é derrotada”.

“Lamento não poder assumir o mandato devido à ação extremada de grupos minoritários. O país precisa superar a intolerância para atingir nossos objetivos comuns na construção de um país mais justo e seguro”, disse Ilona, em nota enviada à imprensa. Ilona disse também que “o Brasil, mais que nunca, precisa do diálogo democrático, respeitoso e plural”.

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