SÃO PAULO - Após duas polêmicas envolvendo o produtor Nicky Vallelonga e o diretor Pater Farelly, "Green book - O guia" saiu da cerimõnia da 91ª edição do Oscar com três estatuetas, incluindo o prêmio máximo de melhor filme, ator coadjuvante (Mahershala Ali) e roteiro original (Farrelly e Vallelonga).
Embora a disputa estivesse aberta, "Roma" se configurava seu maior concorrente, já que havia conquistado o Bafta, da academia britânica, de melhor longa e o Globo de Ouro para Alfonso Cuarón. A participação da Netflix como coprodutor do filme semiautobiográfico de Cuarón pode, também, ter tido um papel em sua derrota, já que a comunidade de Hollywood ainda resiste às plataformas de streaming.
“Green Book” ganhou o Globo de Ouro (comédia ou musical) e o prêmio do sindicato de produtores, o Producers Guild Awards. Nos últimos 20 anos, o sindicato e a Academia estiveram em forte sintonia.
As duas polêmicas envolvendo "Green book" quase tiraram o longa dirigido por Peter Farrelly da corrida pelo prêmio da indústria cinematográfica americana. Uma delas foi a descoberta de um tuíte de 2015 em que o produtor Nick Vallelonga, filho de Tony Vallelonga, interpretado no filme por Viggo Mortensen, endossa uma afirmação falsa do presidente americano Donald Trump contra muçulmanos.
A outra controvérsia envolvia Farrelly. O diretor do filme pediu desculpas por ter exibido a genitália para a atriz Cameron Diaz em uma reunião de trabalho para decidir a participação dela em um de seus filmes.